quinta-feira, 31 de maio de 2012

Escolha a capa de O Inverno das Fadas, de Carolina Munhóz

O Selo Fantasy/Casa da Palavra juntamente com o Submarino estão fazendo uma votação aberta no facebook para a escolha da capa do livro O Inverno das Fadas, de Carolina Munhóz

São quatro opções diferentes, cada uma mais linda que a outra e VOCÊ pode escolher uma delas. 

A mecânica é simples: para votar, basta "Curtir" a sua capa favorita nessa page. A votação vai até as 10h do dia 04/06 e a opção de capa com a maior contagem de opções "curtir" será a escolhida! 

 "Sophia é uma Leanan Sídhe, algo como uma fada-amante, considerada uma musa para humanos talentosos. Ela é capaz de seduzir e inspirar um homem a escrever um best-seller ou a criar um hit mundial. A entidade dá o poder para que a pessoa se torne uma estrela ao mesmo tempo em que se aproveita da energia do escolhido para alimentar a sua própria, levando-o ao enlouquecimento. E à morte. 

Mas o que aconteceria se Sophia encontrasse um ser humano capaz de resistir aos seus encantos, a ponto de fasciná-la? Seria ela capaz de deixar seu instinto de lado ao ponto de se apaixonar e proteger um mortal? Aos poucos ela irá descobrir que a magia ocorre durante as estações, as piores partes no inverno." 

Sobre a autora: 

"Carolina Munhóz é jornalista e romancista, além de integrante do Potterish, um dos maiores websites de Harry Potter do mundo. Em 2011 foi eleita como melhor escritora jovem pelo Prêmio Jovem Brasileiro. Aos 11 anos aguardou sua carta para Hogwarts, mas ela nunca chegou. A partir dos 18 aventurou-se por diversos países como Inglaterra, França, Itália, Suíça e EUA, onde conseguiu a oportunidade de conhecer os atores de Harry Potter. Suas aventuras chamaram a atenção dos meios de comunicação como Folha de São Paulo, Estadão, TV Cultura e Disney Channel. Foi destaque na revista Época, ao lado das escritoras Cassandra Clare e Alexandra Adornetto, e da rádio Record de Londres. Atualmente é escritora em tempo integral e viciada em redes sociais. Jura já ter visto fadas e para acabar com a dúvida pretende continuar a escrever sobre elas. www.carolinamunhoz.com." 

O livro tem lançamento agendado para julho e em breve mais informações oficiais sobre a obra.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Livros de Safra lança história adolescente apostando em nova geração de escritores

Capa do livro
“Talvez Não Tenha Criança no Céu”, de Davi Boaventura, retrata o cotidiano de um jovem em busca de seu espaço. 

Uma turma de adolescentes, que enfrenta pela primeira vez os limites que definem a periferia, as classes sociais e o começo da vida adulta, um rapaz sem nome que se autodefine como um zero à esquerda, os últimos dias das férias e uma arma antiga. 

Estes são os elementos que formam "Talvez Não Tenha Criança no Céu", trama ousada e irreverente, estreia de Davi Boaventura na literatura, definida pelo escritor Daniel Galera como "um retrato sufocante dos estertores de uma adolescência sem rumo". Tédio, álcool e falta de perspectivas: uma mistura destrutiva e perigosa nas mãos do autor, que já na sua primeira novela literária se mostra capaz de tirar o fôlego dos leitores, jovens ou adultos. 

Davi Boaventura
Por meio do bom uso da ambiguidade, Davi deixa a todos imaginando e esperando, perplexos, as possibilidades de um incesto, um assassinato e muitas overdoses. Mas sem perder o foco de mostrar, de maneira reflexiva e ágil, os desafios e dificuldades de deixar a adolescência com tão pouca perspectiva pela frente. 

"Talvez Não Tenha Criança no Céu" funciona como uma espécie de diário, no qual o mundo parece tão real quanto próximo do leitor, em momentos em que surgem diversas referências, como a banda Legião Urbana e a famosa Macabéia. Ao mesmo tempo, ao enxergar em si próprio uma espécie de Holden Caulfield, personagem de O Apanhador no Campo de Centeio, Boaventura traz ao leitor um modelo universal de inconformismo adolescente, personagem latente em todos nós.

O jovem escritor é uma das apostas da editora Livros de Safra em maio de 2012, através de seu selo Virgiliae, cujos livros de ficção e não ficção possuem conteúdo intelectual e literário, mas que não escorregam nas armadilhas das vaidades dos autores. Em 2011, a Livros de Safra completou seu primeiro ano de mercado com 22 novos livros publicados. Para 2012, a meta é de 46.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

[Eventos] Programação Poesia é Risco

Foto por: Dirceu Rodrigues
A Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos - está com uma programação incrível nesta semana. Confira:

Encontro literário “Daquela estrela a outra” celebra o Momento Itália-Brasil
Para celebrar o “Momento Itália-Brasil” – viagem cultural que se propõe a consolidar os sentimentos de afinidade entre os dois povos e promover as relações entre os países por meio da arte e da cultura –, o governo do Estado de São Paulo, a Poiesis – Instituto de Apoio à Cultura, à Língua e à Literatura e a Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura apresentarão, em junho, uma programação especial. Haverá uma mostra destacando a vida e a obra de Giuseppe Ungaretti e as traduções dantescas de Haroldo de Campos; uma série de encontros e debates literários com convidados internacionais, como os poetas Davide Rondoni, Lello Voce, Mariangela Gualtieri, Tiziana Cera Rosco e Antonio Riccardi, além de saraus, leituras e um ciclo de cinema e documentários relacionados à literatura e à Itália.

“O menor slam do mundo” propõe um jogo de poesia
Baseado nos slams, O menor slam do mundo propõe um jogo de poesia em que os participantes têm de apresentar, em dez segundos, suas qualidades poéticas e performáticas. A primeira edição será terça-feira, 29 de maio, das 19h30 às 21h30, e há outra programada para 26 de junho. O grande vencedor da noite será premiado com livros de haicais, microcontos etc.
Daniel Minchoni, curador do evento, é fundador e sócio da editora Jovens Escribas (RN), pela qual publicou Escolha o título, em coautoria com Eveline Gomes. É idealizador e responsável pelo Sarau do Burro e pelo Cabaret Revoltaire.

Começam as aulas do curso sobre a Semana de Arte Moderna
As aulas do curso Semana de Arte Moderna, com a professora mestra Janaína Arruda da Silva, começam sexta-feira, 1 de junho, às 19h30, e se concentram especificamente nos participantes da Semana de Arte Moderna, em seus antecedentes e seus desdobramentos ao longo do ano de 1922. Janaína Arruda da Silva é professora de Literatura no ensino superior, médio e no curso de pós-graduação em Língua e Literatura Portuguesa da Universidade Paulista.
Apresentação musical gratuita, às 12h30, na sexta-feira, 1 de junho
Promovido pelo Departamento de Música da ECA-USP e pelo Laboratório de Música de Câmara da USP, o Recital de Música de Câmara da USP, com curadoria do professor doutor Michael Kenneth Alpert, acontece mensalmente, às sextas-feiras, na Casa das Rosas.

Sábado, 2 de junho, às 19h, acontece o sarau Todos os Sons
Essa série, sob a curadoria de Lucas Nemeth, explora diversos pontos de encontro entre música e poesia, criando diálogos entre as duas linguagens. Os artistas, influenciados pela música erudita dos séculos XX e XXI, incorporarão a sonoridade da poesia declamada utilizando elementos visuais integrados aos sonoros. Os convidados do sarau no sábado, 2 de junho, às 19h, são Martin Herráiz e Felipe Ribeiro.

Programação infantil do Domingo em Família terá oficina “Ver com as mãos e tocar com os olhos*”
O Núcleo Educativo da Casa das Rosas promove a oficina Ver com as mãos e tocar com os olhos* domingo, 3 de junho, das 15h às 17h. Nesse encontro, os participantes entram em contato com alguns livros “ilegíveis” (sem texto), a fim de explorar outros sentidos e formas de leitura. Depois, cada um poderá criar seu livro-objeto e inventar a própria narrativa.
*Título inspirado na exposição Proibido não tocar – crianças em contato com a obra de Bruno Munari.

Domingo também é dia de sarau: Patuscada! – Sarau Domingueiro
Com início às 16h de domingo, 3 de junho, o sarau Patuscada! – Sarau Domingueiro, com Lilian Aquino, Leonardo Mathias, Elisa Andrade Buzzo, Israel Antonini e Juliana Bernardo, reúne uma amostra do que há de melhor na poesia brasileira contemporânea, trazendo ao palco, para leitura de poemas, alguns dos autores publicados pela Editora Patuá em 2011 e 2012.
A Editora Patuá é uma alternativa no mercado editorial e tem o objetivo de publicar bons autores que ainda não encontraram espaço nas grandes editoras, além de promover eventos que divulguem autores e livros.

SERVIÇO
O Menor Slam do Mundo (jogo de poesia)
Curadoria: Daniel Minchoni.
Terças-feiras, 29 de maio e 26 de junho, 19h30 às 21h30.

Recital de Música de Câmara da USP
Curadoria: prof. Michael Kenneth Alpert.
Sexta-feira, 1º de junho, 12h30.

Semana de Arte Moderna: curso de formação contínua
Com profa. Janaína Arruda da Silva.
Sextas-feiras, 1, 8, 15, 22 e 29 de junho, 19h30 às 21h30.

Sarau Todos os Sons
Curadoria: Lucas Nemeth.
Com Martin Herráiz e Felipe Ribeiro.
Sábado, 2 de junho, 19h.

Daquela Estrela a Outra: encontros literários – Itália e Brasil (evento especial)
Curadoria: Francesca Cricelli.
Dias 2, 3, 8, 9, 15, 20, 22, 23, 24, 29 e 30 de junho; 1 e 5 de julho.

Oficina: Ver com as mãos e tocar com os olhos
Com Núcleo Educativo da Casa das Rosas.
Domingo, 3 de junho, 15h às 17h.

Patuscada! – Sarau Domingueiro
Com Lilian Aquino, Leonardo Mathias, Elisa Andrade Buzzo, Israel Antonini e Juliana Bernardo.
Domingo, 3 de junho, 16h.

Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura
Av. Paulista, 37
De terça-feira a sábado, das 10 às 22 horas;
domingos e feriados, das 10 às 18 horas
(passível de alteração, de acordo com a programação).
Tel.:  (11) 3285-6986 / (11) 3288-9447     
E-mail: contato@casadasrosas.org.br.
Convênio com o estacionamento Patropi: Al. Santos, 74.
Para acessar o blog, clique aqui.

A Veja recomenda "O torreão", de Jennifer Egan

A editora Intrínseca publicou hoje, em seu Twitter, a nota que a revista Veja fez do mais novo livro de Jennifer Egan, O Torreão

Indicações da semana #14

Olá, amigos do Nosso Clube do Livro!
Mais uma semana começando, mais indicações para vocês!

Desta vez, trazemos 3 livros da coleção 64 páginas, da LP&M. Além de fininhos e práticos, eles são super baratinhos, custando apenas 5 reais por volume!

Livro: Noite em claro
Autor: Martha Medeiros
Editora: LP&M
Páginas: 64
Sinopse: Na solidão do seu apartamento, uma mulher escreve sobre a sua história numa noite de insônia. Uma história plena de relacionamentos marcados por frustrações, dor e prazer. Encorajada pelo champanhe, sem nenhuma censura, ela vai contando sua vida enquanto chove lá fora. O livro só terminará com o último pingo de chuva. 

Livro: Da felicidade
Autor: Sêneca
Editora: LP&M
Páginas: 64
Sinopse: A importância da reflexão para ser feliz - “Todos os homens (...) querem viver felizes, mas, para descobrir o que torna a vida feliz, vai-se tentando, pois não é fácil alcançar a felicidade, uma vez que quanto mais a procuramos mais dela nos afastamos. Podemos nos enganar no caminho, tomar a direção­ errada; quanto maior a pressa, maior a distância.” (Trecho de “Da felicidade”)



Livro: 120 tirinhas da Turma da Mônica
Autor: Maurício de Sousa
Editora: LP&M
Páginas: 64
Sinopse: O melhor da Turma da Mônica - Duas meninas: uma delas é briguenta e dentucinha; a outra adora melancias­. Dois meninos: um deles troca o R pelo L; o outro odeia tomar banho. Reconheceu? É claro! Estamos falando da Mônica, da Magali,­ do Cebolinha e do Cascão, a turma mais querida dos quadrinhos, que nesta seleção de 120 tirinhas se mete nas mais divertidas encrencas.

domingo, 27 de maio de 2012

[Resenha] A filha da minha mãe e eu, de Maria Fernanda Guerreiro

Falar sobre esse livro foi complicado, mas se você está lendo isso é porque de uma forma ou de outra consegui escrever algo sobre ele. 

Sensível e tão real a ponto de fazer você se sentir parte da família. A filha da minha mãe e eu conta a história do difícil relacionamento entre Helena e sua filha, Mariana. 

A história começa quando Mariana descobre que está grávida e se dá conta que, antes de se tornar mãe, é preciso rever seu papel como filha, tentar compreender o de Helena e, principalmente, perdoar a ambas . 

Inicia-se, então, uma revisão do passado - processo doloroso, mas imensamente revelador, pautado por situações comoventes, personagens complexos e pequenas verdades que contém a história de cada um. 

Certa vez, comentei em uma resenha que livros com plot que envolve relacionamento entre mãe e filha me emocionam muito e com A filha da minha mãe e eu não foi diferente. 

As primeiras impressões que o leitor tem da obra é de que será emocionante e sensível, a começar pela capa belíssima, que já nos deixa atentos sobre o conteúdo do livro. Nota-se também que a autora tem uma responsabilidade imensa de manter o nível da obra elevado e, desde as primeiras linhas, o papel é cumprido. 

A narração, em primeira pessoa, é vista com a perspectiva de Mariana, uma das personagens principais da história e ponto de partida da trama. Embora o foco seja o relacionamento conturbado entre mãe e filha, há espaço para outros personagens marcantes como Guga – irmão mais velho de Mariana – e Maria João – tia dos dois. 

Os personagens são complexos e reais; cada um com seus problemas, revelados de uma forma envolvente e simples. À medida que se avança na leitura, conhece-se, detalhadamente, a vida de cada um deles: suas dúvidas, seus medos, seus anseios, suas histórias... É impossível não identificar algo nosso em algum deles.

Uma das coisas que mais chama atenção é a sensibilidade com que foi escrito o relacionamento entre Mariana e Helena. É tão real que se confunde facilmente com o meu, o seu ou o de qualquer pessoa. Não é apenas a história das duas, é a história de uma família que passa por altos e baixos, mas que está sempre junta para o que der e vier. Valores como respeito, amor, amizade e cumplicidade estão exposto de uma maneira bem marcante. 

Foi difícil não ler e não confundir a história de Mariana com a minha. Acredito que este fora um dos objetivos da autora: fazer o leitor (re)pensar sobre o seu papel de filho(a) e levantar questionamentos sobre o relacionamento entre mãe e filhos. 

Rico, terno e real, A filha da minha mãe e eu retrata com delicadeza um dos temas mais emocionantes e verdadeiros que existem: a relação entre mãe e filha. Posso afirmar que há mais de nossa história nele do que um enredo distinto disso. 

 “Toda relação, mesmo entre pais e filhos, é uma via de mão dupla na qual se ensina na mesma medida em que se aprende”. 

Título original: A filha da minha mãe e eu 
Autora: Maria Fernanda Guerreiro 
Editora: Novo Conceito 
Páginas: 272

Sobre a Autora:
Ana Caroline Ana Caroline é estudante de Letras Português Francês na Universidade Federal de Sergipe. Adora ler, é apaixonada por séries da Literatura de Fantasia e espera desenvolver um trabalho de pesquisa sobre esse tema na faculdade. Trabalha em uma livraria, onde o contato diário com os livros levou a desejar criar esse blog. Escreve no Loucuras de Caroline.

Pré-venda de Mermaid Sereia


[Evento] 25 anos - o contexto histórico


Contexto histórico no Brasil é tema de debate da série promovida pela Editora Contexto, que celebra seus 25 anos

Tratando de questões como a distância que persiste entre a sociedade civil e o Estado e as transformações na história recente do país, evento faz parte de série comemorativa.



"25 anos - O contexto histórico"
Debatedores: Antonio Correa de Lacerda, José de Souza Martins e Marcos Napolitano
Mediador: Jaime Pinsky
Onde: Teatro Eva Herz da Livraria Cultura – Conjunto Nacional.
Av. Paulista, 2073. Bela Vista - São Paulo/SP. Tel.: (11) 3170-4033
Horário: das 19h às 21h
Dia: 4 de junho
Quanto: Entrada franca


Há 25 anos o Brasil estava transformando sua história política, econômica e social. Era um tempo em que o povo reaprendeu a ir às ruas e a se manifestar, que a inflação corroia as finanças e a economia patinava, que a democracia começava a ganhar força, que os brasileiros vislumbravam ter voz e poder para decidir os rumos da nação. Uma nova constituição foi escrita, a imprensa ganhou mais liberdade, um presidente foi eleito pela livre escolha dos cidadãos, que pouco tempo depois pintaram as faces de preto para pedir a saída do decepcionante chefe de estado. O povo foi ouvido e uma nova página foi escrita na história. Em vez de poupanças confiscadas, uma abertura dos mercados fez crescer a economia e (mais) uma nova moeda foi criada. A inflação foi minimizada, estabilizando e melhorando a vida dos cidadãos. O povo passou a ler mais, se informar mais, produzir mais, consumir mais.

Na nova sociedade que surgiu após o fim da ditadura, a participação cidadã não é mais um privilégio, mas uma importante e necessária ação. Todavia, por mais que o Estado brasileiro tenha propiciado uma ampla abertura de espaços participativos e democráticos, isso de fato tem sido aproveitado pela sociedade civil? A participação popular foi diminuindo a ponto de a concentração de poder pelo Estado ou por certos grupos empenhados em defender seus próprios interesses ter se tornado aceitável, sem gerar os protestos que eram comuns no passado? E o que pode ser feito para aproximar esses dois personagens?

Para falar sobre as transformações ocorridas nesses últimos 25 anos na história do país e debater o que ainda está por vir, a Editora Contexto reúne o sociólogo José de Souza Martins, o historiador Marcos Napolitano e o economista Antonio Corrêa de Lacerda para o debate “25 anos - O contexto histórico”, mediado pelo historiador Jaime Pinsky. O evento é destinado a profissionais da área, estudantes e interessados de uma forma geral.

André Vianco termina revisão de mais um livro

O escritor André Vianco anunciou ontem, em seu facebook, que terminou a revisão de mais uma obra, intitulada A noite maldita. Segundo o autor, agora o livro irá para a fase de editoração e será publicado pela editora Novo Século. 

Clique para ampliar
Todos anciosos?! 

Lançamentos da Editora Mor

Nossa parceira, a Editora Mor, está com muitas novidades! 

A primeira delas é o seu site, que foi reformulado e está com uma cara totalmente nova. Agora, as informações estão dispostas de uma foma mais clara e fácil de encontrar, o que torna a navegação mais tranquila.


Gostou?! Clique aqui para acessá-lo.

Em segundo lugar, temos, como não poderia deixar de ser, novos lançamentos! São eles:

Livro: Journal Digital Culture
Autor: Aline Cintra Carrasco
Estilo: Jornal
Gênero: Entrevistas
Idioma: Português
Páginas: 6 Faixa
Etária: Livre

Avisos: Este jornal possui conteúdo livre.
Valor do On-Book: R$ 0,00


Sinopse: Encontre notícias, entrevistas, lançamentos e todo assunto do mundo cultural em nosso mais novo jornal online, o Journal Digital Culture. Totalmente gratuito!




Livro: Vidas Secas
Autor: Graciliano Ramos 
Estilo: Universitário 
Gênero: Ficção 
Idioma: Português 
Páginas: 114 
Faixa Etária: Livre 

Avisos: Esta obra possui conteúdo livre. 
Valor do On-Book: R$ 9,70 

Sinopse: Em Vidas Secas, o autor se mostra mais humano, sentimental e compreensivo, acompanhando o pobre vaqueiro Fabiano e sua família com simpatia e uma compaixão indisfarçáveis. Além de ser o mais humano e comovente dos livros de ficção de Graciliano Ramos, Vida Secas é o que contém maior sentimento da terra nordestina, daquela parte que é áspera, dura e cruel, sem deixar de ser amada pelos que a ela estão ligados teluricamente. O que impulsiona os seres desta novela, o que lhes marca a fisionomia e os caracteres, é o fenômeno da seca. Vida Secas representa ainda uma evolução na obra de Graciliano Ramos quanto ao estilo e à qualidade estritamente literária. Esta nova edição teve como base a 2ª edição do romance, com as últimas correções feitas por Graciliano Ramos. Os originais estão no Fundo Graciliano Ramos, Arquivo do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. Este projeto de reedição da obra de Graciliano Ramos é supervisionado por Wander Melo Miranda, professor titular de Teoria da Literatura da Universidade Federal de Minas Gerais.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Booktrailer de Hades, segundo livro da série Halo, de Alexandra Adornetto

A Agir/Ediouro divulgou o booktrailer do segundo e tão esperando livro da série Halo, Hades, da autora Alexandra Adornetto.

Confira:

   

Hades é a continuação de Halo, livro que entrou na lista de best-sellers do New York Times uma semana após ser lançado, em 2010, quando a autora Alexandra Adornetto tinha apenas 18 anos. Munida de uma mitologia original, Alexandra tece uma narrativa que carrega o frescor da série Harry Potter combinado à abordagem cuidadosa dos dilemas juvenis que fizeram de Crepúsculo um fenômeno. O livro é um lançamento da Editora Agir. Bethany Church é um anjo no corpo de uma adolescente, enviado para combater as forças das trevas. Se em Halo ela estava se acostumando com a vida na Terra e lidando com os dilemas da idade, em Hades ela será levada às profundezas do inferno – e lá terá contato com o lado mais sombrio da natureza humana. A trilogia, que será concluída em Heaven, ganha um segundo capítulo repleto de ação e reviravoltas, no qual a batalha entre anjos e demônios cresce a patamares assustadores. Mas o elemento central da narrativa continua sendo o poder do amor, capaz de reduzir diferenças e promover a harmonia entre os mais diversos grupos. 

O terceiro livro da série Heaven, tem lançamento previsto para 21 de agosto.

Programação de lançamento de "O Filho de Netuno", de Rick Riordan

A editora e parceira Intrínseca divulgou, através do seu blog, a programação completa dos eventos de lançamento do livro O filho de Netuno, de Rick Riordan.

Confira a programação


Recife
9 de junho, às 14h
LIVRARIA CULTURA – PAÇO ALFÂNDEGA
Shopping Paço Alfândega – R. da alfândega, 35
Bairro do Recife – Recife – PE  

Rio de Janeiro
9 de junho, às 14h
MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES
Av. Rio Branco, 199 – Centro
Rio de Janeiro – RJ  

Brasília
10 de junho, às 15h
LIVRARIA CULTURA – CASAPARK SHOPPING CENTER
SGCV – Sul, Lote 22 – Loja 4-A – 71215-100 – Zona Industrial – Guará
Brasília – DF  

Goiânia
11 de junho, às 19h30
FNAC GOIÂNIA
Shopping Flamboyant – Av. Jamel Cecilio, 3300 – Jardim Goiás
Goiania – GO  

Florianópolis
13 de junho, às 19h
LIVRARIA CATARINENSE
Beiramar Shopping (Piso Joaquina, lojas 247 e 248)
Rua Bocaiúca n°. 2468 – Centro
Florianópolis – SC  

São Paulo
16 de junho, às 15h
LIVRARIA CULTURA – SHOPPING VILLA-LOBOS
Av. Nações Unidas, 4777 – 05477-000 – Jardim Universidade Pinheiros
São Paulo – SP

Fortaleza
16 de junho, às 14h
LIVRARIA CULTURA – SHOPPING VARANDA MALL
Av. Dom Luís, 1010 – Lojas 8,9 e 10 – 60160-230 – Meireles
Fortaleza – CE  

João Pessoa
16 de junho, às 15h
LEITURA SHOPPING MANAÍRA
Av. Gov. Flávio Ribeiro Coutinho, 220 – Loja T429 a T431 – Manaíra
João Pessoa – PB  

Salvador
16 de junho, às 12h
LIVRARIA CULTURA – SALVADOR SHOPPING
Av. Tancredo Neves, 2915 – 41820-910 – Caminho das Árvores
Salvador – BA  

Boa Vista
16 de junho, às 10h
Livraria Saber
Av. Major Williams 5408 – Centro
 Boa Vista – RR  

Teresina
16 de junho, às 15h
Livraria Universitária – Riverside Walk Shopping – Avenida Ininga, 1201 – Joquei Clube
Teresina – PI  

Cuiabá
17 de junho, às 15h
 LIVRARIA JANINA – PANTANAL SHOPPING
Av. Historiador Rubens de Mendonça, 3.300 – Jardim Aclimação
Cuiabá – MT  

Porto Alegre
17 de junho, às 15h
FNAC PORTO ALEGRE
BarraShoppingSul – AV DIARIO DE NOTICIAS, 300, ENTRADA G, NÍVEL JOCKEY, CRISTAL Porto Alegre – RS  

Curitiba
23 de junho, às 16h
LIVRARIA CURITIBA
Shopping Palladium (Piso L2, loja 2047)
Avenida Presidente Kennedy nº. 4121
Curitiba – PR  

Manaus
16 de junho, às 16h
Saraiva MegaStore Manauara
Shopping Av. Mário Ypiranga, 1.300 – Adrianópolis
Manaus – AM  

Belém
17 de junho, às 16h
Saraiva Megastore Boulevard Shopping
Av. Visconde de Souza Franco, 776 – Reduto
Belém – PA  

Cidades que aguardam confirmação dos locais dos eventos:  

Natal
9 de junho, às 18h  

Tocantins
16 de junho, às 14h  

Vitória
9 de junho, às 14h

Belo Horizonte
10 de junho, às 15h

EVENTO: Lançamento do livro "Eu confesso... Revelações de uma amante" em Aracaju

No próximo dia 30 de maio estará em Aracaju Aline Castelo Branco, autora do livro Eu confesso... Revelações de uma amante (resenha em breve), para lançamento e divulgação do seu livro. 



O evento será realizado na livraria Escariz, no shopping Jardins, situado à Av. Ministro Geraldo Barreto Sobral, 215, Jardins, Aracaju - Sergipe. E claro que nós estaremos lá marcando presença e batendo um papo com a autora e esperamos vocês lá! 

Sinopse: Branca tinha uma vida normal. Casa para morar, trabalho decente e uma família unida e conversadora. Mas, nas relações amorosas havias sempre alguma decepção à espera na primeira esquina. Depois de ficar sabendo que o namorado havia lhe traído e engravidado outra mulher, Branca perdeu completamente as esperanças no amor, até o dia em que conheceu Juan, seu colega de trabalho. Branca sabia que Juan era casado. O clima entre os dois rolou na noite de confraternização da empresa. Ela havia tomado várias doses de uísque. Ele, coragem para agarrá-la no meio de uma multidão, em pleo show de uma banda de axé. Quem de nós nunca sonhou em viver uma paixão avassaladora? Do sexo selvagem à descoberta de um amor incondicional. Branca e Juan viveram dois anos juntos enfrenteando obstáculos para superar as diferenças. Ela tenta romper os laços amorosos pensando sempre pelo lado da razão, principalmente por não aceitar a situação de viver no papel de amante. É justamente sobre as implicações da relação de um triângulo amoroso de que se trata esse livro. A história dos dois tem muito a nos ensinar e um final surpreendente. A leitura de EU CONFESSO vai ajudar você a superar crises doentias e a entender que não regras, tempo ou pra prazo de validade para viver uma paixão. Basta se entregar e ser feliz. 

EVENTO: Lançamento e encontro de fãs de Anjo Mecânico, em Natal

No dia 26 de maio será realizado em Natal - RN, encontro de fãs e lançamento do mais novo livro da autora Casssandra Claire, Anjo Mecânico

O encontro será na Saraiva Megastore do shopping Midway Mall, às 18h! Mais informações no banner abaixo! 


Confira capa de graphic novel da série Hush Hush

(via up-Brasil

Foram liberadas pela Sea Lion Books as primeiras páginas da graphic novel de Sussurro da autora Becca Fitzpatrick

Confira capa, sinopse e as primeiras páginas. 




Se apaixonar nunca foi tão fácil… ou tão mortal. Para Nora Grey, romance não era parte do plano. Ela nunca se sentiu particularmente atraída por nenhum garoto de sua escola, não importa o quanto sua melhor amiga Vee os empurre para ela. Não até a chegada de Patch. Com seu sorriso tranquilo e olhos que parecem enxergar dentro dela, Nora é atraída por ele contra seu bom senso. Mas após uma série de acontecimentos aterrorizantes, Nora não sabe em quem confiar. Patch parece estar onde quer que ela esteja, e saber mais que ela do que seus amigos mais íntimos. Ela não consegue decidir entre cair nos braços dele ou correr e se esconder. E quando tenta encontrar algumas respostas, ela se acha próxima de uma verdade que é bem mais perturbadora do que qualquer coisa que Patch a faça sentir. Pois Nora está bem no meio de uma antiga batalha entre os imortais e aqueles que caíram – e, quando se trata de escolher lados, a escolha errada poderá custar sua vida.
Leia as primeiras páginas traduzidas aqui

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Fotos da 1ª turnê intrínseca!

Quem é leitor aqui do blog sabe que está rolando, em todo o Brasil, a 1ª Turnê Intrínseca. Agora, a editora divulgou as fotos dos eventos que já aconteceram (Recife, Fortaleza, Brasília, Salvador, Manaus e Belém). Para vê-las, basta acessar o site da editora, clicando aqui.

Para sabe onde e que horas serão os eventos de Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, clique aqui.

Lançamentos da Companhia das Letras

A Companhia das Letras traz sete lançamentos nesta semana. São eles:


Mr. Peanut, de Adam Ross (Tradução de Daniel Pellizzari) 
Depois de treze anos de casamento, David Pepin não consegue imaginar a vida sem a esposa, Alice. Ainda assim, David fantasia diariamente a morte da mulher: seja atropelada por um trem ou atingida por um raio, ela sempre morre no final. Até que ela de fato morre, engasgada com um amendoim. A polícia acaba suspeitando de David, e dois detetives são enviados para investigar o caso. O programador reservado, que cria jogos de computador baseados na obra de M. C. Escher, terá sua vida virada do avesso pelos policiais. E que casamento resiste a um olhar microscópico? Deprimida, instável e presa em eternas oscilações de peso, Alice vinha se tornando uma estranha ao marido. Um dos detetives se encontra em plena guerra particular com a esposa, que há meses se recusa a levantar da cama. O outro investigador, por seu turno, é obrigado a relembrar o assassinato da própria mulher, do qual ele foi o principal suspeito. Conforme a investigação avança, entra em cena um assassino profissional, que pode ou não ter sido contratado por David para matar a mulher. 

Getúlio – Dos anos de formação à conquista do poder (1882-1930), de Lira Neto 
Em uma das páginas de seu diário, escrito entre 1930 e 1942, Getúlio Vargas anotou: “Gosto mais de ser interpretado do que de me explicar”. Essa observação parece ser um desafio irônico para quem buscasse entendê-lo, em vida ou ao longo da história. Lira Neto está entre os autores que aceitaram o desafio. Seu livro contribui significativamente para a compreensão do personagem que, para bem ou para mal, foi a maior figura política do Brasil no século XX. Este primeiro volume da trilogia Getúlio vai do nascimento de Vargas a sua ascensão ao poder, no bojo da Revolução de 1930. O estilo jornalístico do autor resulta num texto fluente, que evita, ao mesmo tempo, os recursos fáceis e a banalidade. Com base numa impressionante pesquisa, Lira Neto narra, com brilho e riqueza de detalhes, a história da vida pessoal e da vida pública de Getúlio, dos tempos do Rio Grande do Sul à entrada na cena política da capital da República. http://biografiagetuliovargas.com/ 


Ulysses, de James Joyce (Tradução de Caetano W. Galindo) 
Um homem sai de casa pela manhã, cumpre com tarefas do dia e, à noite, retorna ao lar. Foi em torno desse esqueleto enganosamente simples, quase banal, que James Joyce elaborou o que veio a ser o grande romance do século XX. Inspirado na Odisseia de Homero, Ulysses é ambientado em Dublin, e narra as aventuras de Leopold Bloom e Stephen Dedalus ao longo do dia 16 de junho de 1904. Tal como o Ulisses homérico, Bloom precisa superar numerosos obstáculos e tentações até retornar a sua casa, onde sua mulher, Molly, o espera. Para criar esse personagem rico e vibrante, Joyce mistura diversos estilos e referências culturais, num caleidoscópio de vozes que tem desafiado gerações de leitores e estudiosos ao redor do mundo. Leia o post sobre a tradução do livro. 

O vermelho e o negro, de Ruy Castro 
Uma história do Flamengo para ser lida pelos rubro-negros de todo o país — uma torcida que nasceu na metrópole, espalhou-se por toda a parte e fixou-se até em cafundós a quilômetros de qualquer civilização — e também pelos que, por motivos óbvios, odeiam o Flamengo. Aqui estão as origens de um clube eminentemente carioca que, quando se dedicava apenas ao remo, no século XIX, já ganhou uma identidade brasileira, e, ao incorporar o futebol, em 1912, fez deste um esporte de multidões. Aqui estão os Flamengos da era Zizinho e da era Zico e os que vieram antes e depois, com seus heróis e vilões — jogadores que, no decorrer de noventa minutos, podiam passar de deuses a excomungados e de novo a deuses. Aqui estão a belíssima tradição dos tris cariocas, a série de campeonatos brasileiros e a conquista do mundo em Tóquio. E aqui também estão as narrativas épicas das muitas vezes em que a flama flamenga teve de entrar em ação para buscar as vitórias impossíveis. 

O canto das musas, organização de Zélia Cavalcanti 
Para ler um poema, basta abrir uma porta. Ela pode ser uma palavra, um ritmo diferente, um tema interessante… O mais importante é saber que cada leitor é único e que, assim, cada experiência de leitura é única também. Este livro pretende abrir muitas portas para todos que estiverem dispostos a dar o primeiro passo, ou virar a primeira página. São poemas clássicos de autores brasileiros e portugueses, analisados de diferentes maneiras, musicados e declamados, com boxes explicativos, uma pequena biografia de cada poeta e um glossário de termos. 

Adeus tristeza – a história dos meus ancestrais, de Belle Yang (Tradução de Érico Assis) 
Seguindo os passos das grandes narrativas autobiográficas, como Maus, de Art Spieglman, e Persépolis, de Marjane Satrapi, Belle Yang escolheu os quadrinhos para narrar a tumultuada saga de sua família. A partir das disputas e dos embates entre o patriarca dos Yang e seus filhos, a autora pôde revisitar cem anos de história chinesa. O enfoque na intimidade da família ganha contornos épicos, conforme os Yang vivenciam invasão da Manchúria pelos japoneses, a Segunda Guerra Mundial, a grande fome e a subida dos comunistas ao poder. No traço de Belle Yang, que deve tanto à mais tradicional caligrafia chinesa quanto aos quadrinhos contemporâneos, essa saga familiar ganha uma forte carga de poesia. O resultado é uma jornada que capta não apenas as grandes pinceladas da história, mas também os pequenos traços de uma dinastia chinesa. 

A bruxinha e o dragão, de Jean-Claude R. Alphen 
Vários contos de fadas têm dragões entre os personagens, você já deve ter reparado. Em muitas das histórias, eles guardam princesas que estão presas em torres altíssimas e enfrentam príncipes corajosos que pretendem salvar as suas damas e mostrar o tamanho do seu amor. Esses dragões agem como verdadeiros pais, defendendo as mocinhas e testando seus pretendentes. Na história deste livro, um pai protetor tenta a todo custo atender às vontades da filha, que é muito caprichosa e não vai arredar o pé enquanto não encontrar um dragão de estimação perfeito. Mas, como além de pai ele também é bruxo, a única solução que encontra para tamanho desafio é se transformar, ele próprio, em um dragão! E não é que dá certo? A menina, sem saber que aquele ali à sua frente é o pai, logo simpatiza com o dragãozinho… E assim o tempo passa, os dois crescem — sempre juntos e em meio a muita confusão —, até que chega o tão temido dia: aquele em que o dragão-mago precisa deixar a sua bruxinha abrir as próprias asas e seguir o seu caminho sozinha.

Nosso Clube do Livro entrevista: Renata Ventura

Na segunda edição do No Nosso Clube do Livro entrevista, vamos conhecer um pouco sobre Renata Ventura, autora do livro A Arma Escarlate.

Renata Pacheco Ventura é carioca da gema, nascida em 1985, a autora sempre fora uma leitora voraz, aos dez anos escreveu seu primeiro livro com uma amiga, que nunca foi publicado. Seu objetivo como escritora é contar histórias que divirtam e, ao mesmo tempo, façam o leitor refletir sobre si mesmo e sobre o mundo à sua volta... Confira a entrevista com a autora.




1 - Como você começou a escrever? Qual foi seu incentivo?

Eu sempre quis ser escritora, e meus pais sempre incentivaram. Eu escrevi meu primeiro livro com uns 10 anos de idade, junto com uma amiga. Nunca foi publicado, claro. Tinha umas 100 páginas e era sobre uma conspiração internacional que envolvia duas meninas brasileiras. Na época eu achei o máximo, rs.

2 - Você levou muito “não” das editoras, Renata? Qual a reação da editora quando resolveram aceitar sua obra?

Eu comecei enviando meu livro para as editoras grandes, que nunca me responderam. Então, posso até dizer que nunca fui rejeitada, rs, porque nunca recebi nenhuma carta de rejeição. Eu entendo essas editoras grandes. Elas recebem milhares de livros todos os meses – é impossível ler tudo e responder a cada escritor que envia sua obra. Mas quando eu enviei meu original para a Novo Século, eu recebi a resposta deles em uma semana! Foi muito rápido. Eu enviei e, uma semana depois, eles me escreveram dizendo que queria publicar meu livro. Fiquei tão feliz!!

3 - O que te inspira?

Tudo me inspira. Tudo que eu leio, tudo que eu assisto, tudo que eu estudo... Eu preciso sempre andar com um caderninho no bolso, porque sempre tenho alguma ideia nova para anotar. E é preciso anotar. A gente acha que a ideia é simples, que a gente vai lembrar quando chegar em casa, etc, mas não, a gente não lembra. Confie em mim. Precisamos anotar TUDO.

4 - Você alguma vez já escreveu algum personagem baseado em alguém que você conhece/conheceu?

Meu plano inicial era construir meus personagens de acordo com os signos deles, porque signo é uma coisa que brasileiro adora, né, mesmo quando não acredita. Eu adoro saber o signo das pessoas. Então, comecei a estudar as características dos signos; quais eram os pontos positivos de cada um, os pontos negativos... e comecei a construir meus personagens de acordo com essas características. Depois, meus personagens foram ganhando vida própria e se desprendendo um pouco das características iniciais, e isso foi muito bom. No entanto, eu ainda posso dizer que sei o signo da maioria de meus personagens. Respondendo sua pergunta, sim, há uma personagem que foi totalmente baseada em uma amiga minha. Assim como minha amiga, a Caimana também é linda, loira e surfista, rsrs.

5 - Sobre "A Arma Escarlate", Hugo é um protagonista atípico, ele não é bom, mas também não é mal, na verdade ele é vitima da situação. Teve algum garoto em especial em quem você se inspirou?

Com o Hugo, foi diferente. Eu acho que fui criando ele no instinto – descobrindo aos poucos quais seriam as reações de um menino que viveu a infância inteira sendo ameaçado (por traficantes, por policiais, pelos namorados da mãe...), morando em um lugar hostil, onde ele precisou aprender a se defender desde muito cedo. Então eu fui descobrindo-o a cada reação agressiva dele, a cada palavra doce que ele dizia à avó, a cada gesto de carinho ou de ódio. Às vezes ele me surpreendia. Como em um certo capítulo, que eu havia planejado de uma forma, mas que, por causa de uma resposta totalmente inesperada do Hugo, eu tive que alterar completamente, me desdobrando para tentar tirar o Hugo da situação em que ele havia se metido com a língua afiada dele. Para o corpo físico do Hugo eu me inspirei em um garoto real, cuja foto eu vi em uma revista de fotografia da universidade. Eu adoraria conhecê-lo, mas não sei quem ele é.

 6 - Notei que, na obra, você utiliza muito da cultura afro-brasileira, você trabalhou muito nas pesquisas para isso?

Sim sim, eu pesquisei e continuo pesquisando. Comprei um dicionário de Yorubá, pesquisei sobre Candomblé... sobre orixás, sobre a cultura dos contadores de história africanos... Mas sempre há mais a aprender. E eu misturo isso tudo com folclore indígena brasileiro, e com folclore em geral... sem deixar de lado também a mitologia europeia, que sempre nos influenciou.

7 – Pelo que notei, o final do livro ficou aberto. Isso significa que você está trabalhando na continuação da história?

Sim, estou trabalhando na continuação. Até porque os leitores estão me pressionando! Hehehe. Os cinco livros da série do Hugo já estavam totalmente planejados antes mesmo do lançamento do primeiro livro, mas eu sempre adiciono uma coisa aqui, outra ali, e vou continuar adicionando e modificando detalhes até que cada um deles seja publicado. Ter esses livros todos já planejados me dá muito ânimo para querer escrever logo o segundo, porque eu quero tanto que vocês leiam o quarto e o quinto... entende? E quero muito que vocês conheçam o vilão principal da série, que ainda não apareceu no primeiro, mas que eu amo de paixão. rsrs

8 - Qual sua opinião sobre as comparações feitas com A Arma Escarlate e Harry Potter?

Eu gosto! Desde que sejam comparações positivas, claro, rs :-D Até porque, do jeito que eu imagino a trama do meu livro, ela se passa no mesmo mundo do Harry Potter. Eu não digo isso explicitamente no livro, mas é como se, enquanto coisas estão acontecendo com o Harry na Grã-Bretanha, outras estão acontecendo com Hugo aqui no Rio de Janeiro. Meu livro se passa em 1997, quando Harry já está no sexto ano lá em Hogwarts, indo para o sétimo. Se vocês quiserem, podem ler meu livro assim, comparando as cronologias. É interessante. :-) Mas meu livro fala de outros temas, alguns bem pesados, relacionados à realidade brasileira, aos problemas brasileiros, à cultura brasileira. Então, nesse sentido, é bem diferente de Harry Potter.

9 - Se seu livro virasse filme algum dia, quem você gostaria que fizesse o papel de Hugo?

Do Hugo eu não sei. Tem que ser algum garoto muito esperto, que saiba atuar extremamente bem, porque Hugo é um personagem intenso, que sofre muito internamente, e isso tem que aparecer na telona. Quanto a outros personagens, eu tenho um vasto elenco em mente, rsrs: Glória Menezes, Miguel Roncato, Milhem Cortaz (o “02” do Tropa de Elite), Paulo Miklos (canto dos Titãs), Lázaro Ramos, ... até o Sidney Magal eu imagino fazendo um dos personagens. hahaha

10 - Qual dica você dá pra quem está começando a escrever?

Ler muito. Isso é essencial. Ler prestando atenção no estilo, prestando atenção em como o autor diz uma determinada coisa, em como ele descreve, no que ele não diz, etc. E, na hora de escrever, prestar atenção em cada personagem: cada um precisa ter sua própria personalidade, seu próprio perfil psicológico. Estudar esses temas também é uma dica interessante: estudar um pouco de psicologia, sociologia, técnicas de construção de personagem, etc. E se apaixonar por seus personagens. Isso, para mim, é essencial.

11 - E pra finalizar, mande um recado para seus leitores.

Para quem ainda não leu, mas pretende ler, eu peço que tenham paciência com o pobre do Hugo, rsrs. Ele às vezes age sem pensar. Para aqueles que já são meus leitores, eu posso dizer que adoro vocês!!! Suas sugestões para os próximos livros são ótimas! Seus desenhos e fanfics também! Se vocês quiserem conversar com algum personagem, é só adicionar os perfis deles no facebook. Alguns resolveram criar perfis lá para poderem bater um papo com os leitores. Vocês podem, inclusive, tentar arrancar algum segredo deles. Quem sabe vocês conseguem... :-D Aqui estão eles:

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Bienal do Livro de Minas

Começa amanhã a Bienal do Livro de Minas, que vai até 27 de maio, em Belo Horizonte. Veja abaixo mais informações:


Bienal do Livro de Minas 
18 a 27 de maio de 2012 


A Bienal do Livro Minas é um programa cultural e divertido para pessoas de todas as idades. Durante os dez dias do evento, os visitantes terão a oportunidade de encontrar seus autores preferidos, participar de sessões de bate-papos e debates sobre diversos temas com autores, jornalistas e personalidades. As crianças também têm seu espaço garantido. Um conjunto de atividades lúdicas, irão encantar os pequenos visitantes com o fantástico mundo do livro, mostrando o quanto a leitura é divertida e prazerosa.


Horário 
Dia 18 de maio: das 12h às 22h
Dias de semana: das 9h às 22h
Fins de semana: das 10h às 22h

Local do Evento 
Expominas Avenida Amazonas, 6.030 - Bairro Gameleira - Belo Horizonte, MG
Clique aqui para ver como chegar.

Entrada 
Entrada inteira - R$8,00
Meia-entrada - R$4,00
Clique aqui para comprar o seu ingresso online.

Quer saber mais?!
Acesse o site do evento: BienaldolivroMinas

Programação FLIP 2012

Jennifer Egan, vencedora do prêmio Pullitzer,
destaque na programação
A organização da FLIP (Festa Literária de Paraty) liberou a programação do evento deste ano, que terá como homenageado o poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987).

A Festa acontecerá entre os dias 4 e 8 de julho, e os participantes podem adquirir seus ingressos por meio do site da TicketForFun, a partir de 4 de junho.

Abaixo, programação completa:

4 de julho - quarta-feira 
19h - Abertura / Flip, ano 10, com Luis Fernando Veríssimo e homenagem a Carlos Drummond de Andrade 
21h - Show de abertura: Ciranda de Tarituba e Lenine 

5 de julho - quinta-feira 
10h - Mesa 1: Escritas da finitude, com Altair Martins, André de Leones e Carlos de Brito e Mello. Mediação: João Cezar de Castro Rocha 
11h45 - Mesa Zé Kleber: A leitura no espaço público, com Silvia Castrillon e Alexandre Pimentel. Mediação: Écio Salles 
15h - Mesa 2: Apenas literatura, com Enrique Vila Matas e Alejandro Zambra. Mediação: Paulo Roberto Pires 
17h15 - Mesa 3: Ficção e história, com Javier Cercas e Juan Gabriel Vásquez. Mediação Ángel Gurría-Quintana 
19h30 - Mesa 4: Autoritarismo, passado e presente, com Luiz Eduardo Soares e Fernando Gabeira. Mediação: Zuenir Ventura 

6 de julho - sexta-feira 
10h - Mesa 5: Drummond – o poeta moderno, com Antonio C. Secchin e Alcides Villaça. Mediação: Flávio Moura 
12h - Mesa 6: O mundo de Shakespeare, com Stephen Greenblatt e James Shapiro. Mediação: Cassiano Elek Machado 
15h - Mesa 7: Exílio e flânerie, com Teju Cole e Paloma Vidal. Mediação: João Paulo Cuenca 
17h15 - Mesa 8: Literatura e liberdade, com Adonis e Amin Maalouf. Mediação: Alexandra Lucas Coelho
19h30 - Mesa 9: Encontro com Jonathan Franzen. Mediação: Ángel Gurría-Quintan 

7 de julho - sábado 
10h - Mesa 10: Cidade e democracia, com Richard Sennett e Roberto DaMatta. Mediação: Guilherme Wisnik 
12h - Mesa 11: Pelos olhos do outro, com Ian McEwan e Jennifer Egan. Mediação: Arthur Dapieve 
15h - Mesa 12: Em família, com Zuenir Ventura, Dulce Maria Cardoso e João Anzanello Carrascoza. Mediação: João Cezar de Castro Rocha 
17h - Mesa 13: O avesso da pátria, com Zoé Valdés e Dany Laferrière. Mediação: Alexandra Lucas Coelho 
19h30 - Mesa 14: Encontro com J. M. G Le Clézio. Mediação: Humberto Werneck 

8 de julho - domingo 
10h - Mesa 15: Vidas em verso, com Jackie Kay e Fabrício Carpinejar. Mediação: João Paulo Cuenca 
11h45 - Mesa 16: A imaginação engajada, com Rubens Figueiredo e Francisco Dantas. Mediação: João Cezar de Castro Rocha 
14h30 - Mesa 17: Drummond – o poeta presente, com Armando Freitas Filho (em vídeo), Eucanaã Ferraz e Carlito Azevedo. Mediação: Flávio Moura 
16h30 - Mesa 18: Entre fronteiras, com Gary Shteyngart e Hanif Kureishi. Mediação: Ángel Gurría-Quintana 
18h15 - Mesa 19: Livro de cabeceira. Autores convidados da Flip 2012 leem e comentam trechos de seus livros favoritos

Mary del Priore lança novo livro na Bahia

A historiadora Mary del Priore lançará seu livro A Carne e o Sangue, na Livraria Cultura de Salvador neste domingo, dia 20, às 14h. Ela falou sobre este trabalho para o jornal soteropolitano A tarde, conforme vocês conferem abaixo.

Clique para ampliar.
Fonte do scan: Editora Rocco

Literatura jovem e a mitologia

A Editora Intrínseca publicou, em seu Facebook, o scan de uma reportagem do Jornal Extra, sobre Percy Jackson, que você confere abaixo.

Clique para ampliar.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Morre escritor Carlos Fuentes

Morreu hoje um dos maiores escritores da América Latina, o mexicano Carlos Fuentes.

O anúncio da morte do autor foi feito pelo presidente mexicano, Felipe Calderón, que comunicou em seu twitter: "Lamento profundamente o falecimento do nosso querido e admirado Carlos Fuentes, escritor e mexicano universal. Descanse em paz". 

Fuentes faleceu aos 83 anos, na Cidade do México, por causa de problemas cardíacos. Ele é um dos autores mais bem vistos quando o assunto é literatura latino-americana, sendo vencedor do prêmio Cervantes - o mais importante da literatura espanhola.

[Evento] Ação Leitura 2012


De 21 a 25 de maio acontecerá, em Natal, a Ação Potiguar de Incentivo à Leitura 2012. O evento faz parte do Projeto SESC Encontro com o Autor, e contará com 12 autores em sua programação. São eles: 

  • Ana Elisa;
  • Carlos Fialho;
  • Fabrício Carpinejar;
  • Clotilde;
  • Carito;
  • Marcelino Freire;
  • Daniel Minchoni;
  • Patrício Jr.;
  • Pablo Capistrano;
  • Ruy Rocha;
  • Sinhá;
  • Thiago de Góes.



A programação é composta por debates, palestras, oficinas e lançamentos de livros.
Para saber mais, acesse o site jovensescribas.com.br

[Resenha] Se você me visse agora, de Cecelia Ahern

Elizabeth Egan não tem tempo para amigos e muito menos para a imaginação fértil do sobrinho Luke. O menino de seis anos acaba de conhecer Ivan, um amigo imaginário. Ao notar que Elizabeth às vezes pode ouvi-lo e sentir que está por perto, Ivan resolve conhecê-la melhor e, a partir daí, começa a aparecer frequentemente em sua vida, levando-a a sair de seu ritmo normal e retilíneo. 

Sabe quando você procura por belas e surpreendentes histórias de amor para ler? Nada muito clichê em que o mocinho e mocinha se conhecem, passam por alguns problemas e acabam não ficando junto. Uma história de amor que cative sem fazer muito esforço... Se você me visse agora é exatamente essa história. 

Ambientada em uma pequena cidade da Irlanda – Baile na gCroíthe – Se você me visse agora é a história de Elizabeth Egan, uma mulher centrada, que vem de uma família complicada: sua mãe alcoólatra abandonou a família há mais de vinte anos, deixando um pai desolado e uma irmã mais nova para ser criada. Sempre centrada, Elizabeth se vê em uma situação atípica de sua vida quando conhece Ivan, mais novo melhor amigo de Luke, sobrinho da mulher. Até aí seria um daqueles romances clichês, mas para a surpresa de todos, Ivan é um amigo imaginário de Luke. É a partir deste ponto que o romance toma proporções inesperadas e envolventes, fazendo com que o leitor se apaixone por ele. 

Com uma narrativa fácil, leve e delicada, a obra nos leva a um mundo de amores possíveis. Narrado em dois momentos: primeira pessoa – em que temos a perspectiva de Ivan; e em terceira pessoa – em que não há apenas a perspectiva de uma personagem e sim de todos eles. Esta foi um dos pontos que mais gostei. 

Geralmente quando um romance é narrado em terceira pessoa, há uma atenção maior para uma determinada personagem e, embora Elizabeth seja o centro da história, pode-se notar o desenvolvimento das outras personagens ao redor. Não há apenas Elizabeth, há espaço para os coadjuvantes de uma maneira sutil, mas que não passa despercebido pelo leitor. E são personagens apaixonantes com suas próprias características. 

É interessante observar a posição de Ivan; como um amigo imaginário ele tem um grande dilema: declarar para Elizabeth os seus sentimentos ou terminar o seu trabalho inicial na sua função de amigo imaginário. Este é, sem dúvida, um dos personagens mais peculiares que já conheci. É engraçado vê as suas dúvidas, pois ele nunca teve nenhum contato humano demais com seus clientes. Suas indagações são até divertidas, e os diálogos entre ele e Elizabeth são de uma profundeza memorável. São conversas sensíveis, com ensinamentos simples e profundos; que, mesmo sem querer, levam o leitor a pensar em princípios como amor, amizade e respeito. 

 O desenvolvimento da obra é incrível e, devo ressaltar, belo. O relacionamento entre Elizabeth e Ivan amadurece de uma forma brilhante. Algumas vezes a moça chega a ser chata, sua personalidade faz com que não acredite em quase nada. Na verdade, todo o seu passado a deixou fria e sem sentimentos, talvez isso explique o fato dela não acreditar enquanto está com Ivan de que ele não existe para as outras pessoas. Devo confessar que Cecelia Ahern me deixou sem palavras e sem adjetivos para falar sobre o romance, o que posso dizer sobre Se você me visse agora é lindo e ponto. 

É uma história de amor verdadeiro, aquele amor que cuida, que respeita, que ama de verdade. O romance faz com que o leitor acredite fielmente que o amor é capaz sim de fazer qualquer pessoa mudar.  

Título original: If you could see me now  
Editora: Rocco  
Tradução: Angela Pessôa  
Páginas: 304  
Avaliação: Lindo e ponto final.


Sobre a Autora:
Ana Caroline Ana Caroline é estudante de Letras Português Francês na Universidade Federal de Sergipe. Adora ler, é apaixonada por séries da Literatura de Fantasia e espera desenvolver um trabalho de pesquisa sobre esse tema na faculdade. Trabalha em uma livraria, onde o contato diário com os livros levou a desejar criar esse blog. Escreve no Loucuras de Caroline.

Editora Draco revela capa da coletânea Brasil Fantástico

A editora Draco reveleu através do seu blog a capa da coletânea Brasil Fantástico - Lendas de um país sobrenatural. O objetivo da coletânea é mostrar uma nova perspectiva das lendas do folclore nacional enfatizando o lado mais assustador dessa mitologia que é única. 

A obra contará com 10 contos selecionados pela organização da obra, os contos serão divulgados no dia 15 de junho desse ano. 



Primeira parceria entre o Clube dos Leitores de Ficção Científica – CLFC e a Editora Draco, a coletânea, Brasil Fantástico – Lendas de um país sobrenatural, anunciará o nome dos contos selecionados no dia 15 de junho. Foi um total de 84 submissões com contos de temáticas das mais variadas sempre envolvendo personagens da mitologia brasileira e suas influências da África e de Portugal. Participaram autores de vários estados do Brasil. Além disso, vieram submissões de outros países como Estados Unidos, Portugal e Cabo Verde. 

Os organizadores são: o presidente do CLFC, Clinton Davisson, e a jornalista Grazielle De Marco. A última coletânea lançada pelo Clube foi em 2005, intitulada 20 Voltas ao Redor do Sol, para comemorar os 20 anos de fundação da entidade. A capa é obra de Osmarco Valladão, indicado duas vezes ao troféu HQ Mix, que já fez parceria de sucesso com Clinton Davisson ao desenhar a capa de Hegemonia – O Herdeiro de Basten, já apontada pela crítica especializada como uma das mais bonitas da ficção científica nacional. 

Segundo Clinton, o objetivo da coletânea é mostrar uma nova perspectiva das lendas do folclore nacional enfatizando o lado mais assustador dessa mitologia que é única. “O sucesso fora do país das histórias do norte-americano, Christopher Kastensmidt, baseado em figuras do Brasil, mostrou que nossa mitologia tem tudo para deslanchar. O saci, por exemplo, pode ser hoje visto como uma figura simpática, amiga do Pedrinho do Sitio do Pica-pau Amarelo, da obra maravilhosa de Monteiro Lobato. Mas por isso mesmo ele ficou estigmatizado como um monstrinho sem sal. Está na hora de lembrar que o saci nasceu como uma história de terror que assustou crianças durante mais de 300 anos no Brasil”, lembra Clinton, que elogiou a qualidade dos contos recebidos e afirmou que a selecionar os dez vencedores está sendo um grande desafio. 

Já a jornalista Grazielle de Marco, é leitora assídua de livros de fantasia e ficção científica e ressalta o vasto caminho a ser explorado pela fantasia nacional levando em conta as diversas possibilidades que a mitologia brasileira, africana e portuguesa apresentam. “Eu já morei em Portugal e sei, por exemplo, que a Cuca, é uma história de terror lusitana, conhecida como A Coca, que migrou para Brasil. Apesar das recentes iniciativas de algumas editoras, o folclore nacional ainda é pouco explorado”, destaca. 

Os organizadores também têm planos para fazer um filme curta metragem que servirá de divulgação para a obra. “Temos o roteiro, temos uma produtora de vídeo nos apoiando e temos a história certa. Mas vamos esperar a seleção final porque, até lá, todo o nosso foco está voltando a cumprir o prazo pré-estabelecido de entregar os dez contos selecionados”, explica Clinton.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Lançamentos da Companhia das Letras



A trama do casamento, de Jeffrey Eugenides (Tradução de Caetano W. Galindo) 
Madeleine Hanna tem dois pretendentes. Um gênio com sérios problemas e um gênio com dúvidas sérias. Enquanto um deles lida com todos os tipos de fantasma e o outro sofre toda espécie de angústia, ela ainda precisa se formar em Letras e defender uma monografia que trata, entre todos os assuntos possíveis, justamente de romances em que a protagonista tem dois pretendentes; romances que se resumem à pergunta “quem ela vai escolher?”. Com esses elementos, Jeffrey Eugenides poderia escrever uma metaficção, ou ainda realizar uma releitura das tramas de Jane Austen. O que ele fez em A trama do casamento, no entanto, foi juntar essas duas possibilidades a um detalhado retrato dos Estados Unidos no começo dos anos 80, quando a metaliteratura estava no auge e o feminismo penetrava na academia, de maneira que nunca mais poderíamos ler do mesmo modo os romances do século XIX. Madeleine, agora, precisa escolher inclusive se quer escolher. Se quer ou não ser uma mulher do século XX. Ela precisa saber, afinal, em que tipo de livro sua vida pode se transformar. Leia aqui as primeiras páginas do livro

A realidade oculta, de Brian Greene (Tradução de José Viegas Jr.) 
Desde a publicação da Teoria da Relatividade Geral, em 1915, a natureza da realidade – dos seus componentes microscópicos às estrelas e galáxias mais longínquas – tornou-se o principal objeto de investigação da física. A mecânica newtoniana, base do conhecimento até então acumulado sobre o universo, revelou-se subitamente impotente para descrever os fenômenos assinalados pelo gênio de Albert Einstein nas entranhas do espaço e do tempo. Na década seguinte, as bizarras formulações da mecânica quântica ocasionaram outra revolução científica sem precedentes. Brian Greene elucida as hipóteses teóricas e experimentais que, baseadas nessas descobertas pioneiras, apontam para a fascinante possibilidade de existirem múltiplos universos além – e até mesmo aquém – deste que habitamos. 

Por isso a gente acabou, de Daniel Handler e Maira Kalman (Tradução de Érico Assis) 
Min Green e Ed Slaterton estudam no mesmo colégio, se encontram em uma festa, vão ao cinema, seguem uma senhora na rua, dividem um quarto de hotel e, após algumas semanas de convívio intenso e apaixonado, terminam o namoro. O livro é uma longa carta de Min explicando a Ed por que o relacionamento não deu certo. Do autor das Desventuras em Série, a história de uma menina que está sofrendo com o fim de um relacionamento e resolve devolver ao ex-namorado todos os objetos que lembram momentos que viveram juntos. Veja um vídeo com o autor do livro

O que deu para fazer em matéria de história da amor, de Elvira Vigna 
Os mesmos fatos. Que mudam, dependendo de como são contados. Pode ser que façam uma história de amor. Do tipo amor total, desses que só se ouve falar. Pode ser que façam a história de um crime. No fim, uma questão de escolha. A narradora deste livro se vê debruçada sobre a vida de duas pessoas. Já mortas. São lembranças sem importância. Vestígios concretos de uma vida. Ilações a partir de quase nada. Ela arruma um apartamento para venda. Precisa jogar coisas fora. Precisa também resolver o que fará quando acabar a tarefa. Faz um jogo consigo mesma. Se conseguir entender a vida daquelas duas pessoas como sendo uma história de amor, poderá fazer a mesma coisa com sua própria vida. Seu caso com Roger dura há décadas. Ao reviver ou inventar o que aconteceu com Rose e Arno, a narradora procura entender o que aconteceu com ela própria. Veja um vídeo em que Elvira Vigna conta um pouco sobre o livro

Poemas, de Rainer Maria Rilke (Tradução de José Paulo Paes) 
Rainer Maria Rilke costuma ser considerado o maior poeta de língua alemã desde Goethe. Sua influência sobre a poesia moderna foi e continua sendo enorme. No Brasil, pode-se encontrá-lo em Cecília Meireles, no Vinicius de Moraes da juventude, mas sobretudo nos poetas da chamada Geração de 45. Como todo objeto de culto, esse Rilke aculturado provocou simpatias e antipatias exacerbadas, assim como se abastardou nas mãos de seguidores infinitamente menos hábeis. Talvez por isso ele tenha, em seguida, conhecido entre nós uma espécie de ostracismo, se comparado ao fervor quase religioso que despertava nos anos 1940 e 50. Nesta reedição do livro publicado em 1993 e que integra a coleção de poesia traduzida da Companhia das Letras – pela qual já foram lançados Derek Walcott (reedição) e Wislawa Szymborska -, relemos Rilke com os olhos de um de nossos melhores poetas, que busca reproduzir aqui aspectos formais do original, dando-lhe nova roupagem. 

Sonhos de trem, de Denis Johnson (Tradução de Alexandre Barbosa de Souza) 
Esta é a história do calado e misantrópico Robert Grainier. Acompanhamos seu trabalho na construção de ferrovias em alguns dos rincões mais longínquos dos Estados Unidos, mas também o duro processo de expiação espiritual vivenciado por ele para superar uma perda familiar traumática. A esse abalo emocional, segue-se um longo período de reflexão e devaneio, explorado no relato através de idas e vindas no tempo, durante o qual Grainier troca de empregos, lida com remorsos e tem cisões oníricas, na maior parte das vezes envolvendo trens. Um dos autores mais celebrados de sua geração, vencedor do National Book Award e finalista do prêmio Pulitzer com o épico romance Árvore de fumaça, Denis Johnson lança mão de uma linguagem concisa e contemplativa para investigar a vida de um dos milhões de anônimos que colaboraram para a construção do mito da América da forma como a conhecemos hoje. 

Tutancâmon e sua tumba cheia de tesouros, de Michael Cox (Tradução de André Czarnobai) 
Ao longo de 3 mil anos de supremacia, o Antigo Egito foi governado por centenas de faraós. Mas entre todos esses reis poderosos, o mais lembrado é Tutancâmon. Não porque temos acesso aos fascinantes e detalhados registros de sua vida e conquistas. Nem tampouco porque sabemos se tornou líder da maior superpotência do mundo quando tinha apenas nove anos e que com essa mesma idade se casou com sua irmã de quinze anos. Também não é porque ele comandou exércitos que aterrorizavam os países vizinhos até que eles entregassem suas riquezas e escravos ao Egito, e teve pirâmides e templos enormes construídos com o propósito de guardar seus restos mortais e de toda sua família. Tutancâmon é o mais famoso dos faraós porque estava no centro da maior descoberta arqueológica de todos os tempos. Desde o dia 23 de novembro de 1922, quando o arqueólogo britânico Howard Carter adentrou a tumba do “Faraó Perdido”, praticamente intocada até então, milhões de pessoas de todo o mundo puderam ver de perto a sua múmia e todos os seus tesouros. Neste livro, você vai conhecer toda a história dessa descoberta incrível, assim como a história de vida de Tutancâmon e da vida no Egito Antigo, por meio de textos engraçados e tiras de histórias em quadrinhos. 

Mar morto, Jorge Amado 
Nenhum outro livro sintetizou tão bem o mundo pulsante do cais de Salvador como Mar morto, com sua rica mitologia em torno de Iemanjá, a rainha do mar. Personagens como o jovem mestre de saveiro Guma parecem prisioneiros de um destino traçado há muitas gerações: o dos homens que saem para o mar e que um dia serão levados por Iemanjá, deixando mulher e filhos a esperar, resignados. Mas nesse mundo aparentemente parado no tempo há forças transformadoras em gestação. O médico Rodrigo e a professora Dulce, não por acaso dois forasteiros, procuram despertar a consciência da gente do cais contra o marasmo e a opressão. É esse contraste entre o tempo do mito e o da história que move este romance, envolvendo-nos desde a primeira página na escrita calorosa de Jorge Amado
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