sexta-feira, 30 de novembro de 2012

[Resenha] Viagem ao centro da Terra, Júlio Verne

Uma aventura inenarrável. Assim é Viagem ao centro da Terra, clássico da literatura mundial, escrito pelo francês Júlio Verne.
A narrativa nos apresenta Otto Lindenbrok, um típico cientista e professor (um tanto atrapalhado) de mineralogia e seu sobrinho Axel – um moço apaixonado pelos minerais e pela bela jovem que com ele convive, Grauben. Ambos, obcecados pela ciência, têm suas vidas mudadas radicalmente quando Lindenbrok encontra um manuscrito escrito por um mítico, Arne Saknessemm. A aventura começa na tarefa de decifrar o criptograma encontrado em um livro antigo, que fala como o mítico chegou ao centro da terra. A partir disso, o professor e seu sobrinho encaram uma aventura que envolve trens, navios, caminhada, escalada e é claro, descida, muita descida!

Os leitores mais impacientes – como o próprio Lindenbrok – deverão ter calma ao realizar a leitura, uma vez que Verne é detalhista ao extremo. Cada pormenor é narrado meticulosamente, a fim de inserir cada um de nós na história. Extremamente sensorial, a obra nos passa cada detalhe narrado: desde a coleção de rochas e minerais do professor à textura das cavernas e grutas visitadas por nossos aventureiros ao longo da expedição. Vencidas as longas descrições, a narrativa se torna prazerosa.

Com um final surpreendente, Viagem ao centro da Terra é um daqueles livros que lemos em uma sentada e que nos deixa com um gosto de “quero mais”.

Livro: Viagem ao Centro da Terra
Autor: Júlio Verne
Coleção: Eu leio
Editora: Ática
Sinopse: Axel está prestes a viver a aventura de sua vida, ainda que a contragosto. Obrigado pelo tio a acompanhá-lo numa expedição ao centro do planeta, o jovem e perspicaz narrador diverte o leitor com seu bem-humorado relato da jornada, angustiado diante das excentricidades do genial professor Lindenbrock e de seu impassível guia. Fruto de meticulosa pesquisa, Viagem ao centro da Terra alia entretenimento a informação. Explorando culturas, cidades e mares, reconstrói a evolução do planeta e prova que nada é impossível quando se tem coragem. Pelo menos, o bastante para encarar uma inversão fascinante e, ao mesmo tempo, terrível bem debaixo de nossos pés: uma aparente semelhança revela o mais profundo estranhamento de nosso próprio mundo, colocando em xeque todo o conhecimento de uma sociedade. Mas é da destruição que surge o prazer da descoberta. A narrativa detalhada, poderosa e ritmada nos desafia a correr à internet para procurar cada lugar, checar cada informação. Até o momento em que o leitor perceberá estar — como Verne queria — cativado e irremediavelmente curioso, ávido por entender melhor seu mundo e a si próprio.

Sobre a Autora:
Fernanda RodriguesFernanda Rodrigues é bacharela em Letras (Português e Inglês) e estudante do curso de Formação de Professores na USJT. Além de ser professora de Língua Inglesa, é louca por assuntos que envolvam a Literatura, as demais artes e o processo de ensino e aprendizagem. Escreve no Algumas Observações, no Escritos Humanos, no Teoria, Prática e Aprendizado e no Barbie Nerd

2 comentários:

  1. Oi,Carol!
    Tudo bem?
    Tu acredita que eu nunca li esse clássico. Que vergonha! E olha que tenho ele na minha estante desde o ensino médio..rss
    Gostei muito da resenha e pretendo me aventurar também. Espero que eu consigo lê-lo em uma sentada só..rss
    Bjs e bom fim de semana!
    Zilda
    Cachola Literária

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Zilda! :)

      Boa sorte na leitura! Sobre este clássico, você tem que resistir às descrições. Às vezes elas cansam um pouco :P Mas de todo, o livro é bom!

      Beijos,

      Excluir

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