sábado, 26 de abril de 2014

[Lançamentos] Confira as novidades da Companhia das Letras

Veja abaixo as sinopses dos novos lançamentos da Companhia das Letras:



Sergio Y. vai à América, de Alexandre Vidal Porto 
Um romance que investiga, com sabedoria e delicadeza as fronteiras da sexualidade no mundo contemporâneo. E vai além: com inteligência penetrante e uma prosa concentrada, Alexandre Vidal Porto constrói uma ficção sobre um jovem bem-nascido que muda radicalmente de vida. E de destino. Sergio Y., paciente do consultório psiquiátrico do narrador, abandona de súbito o tratamento, reescrevendo a própria história e a de seus psiquiatra. Uma ficção em que memória e esquecimento, revelação e ocultamento ajudam a compor um atualíssimo testemunho sobre nossa cultura e nossas mais secretas emoções.

Os negros na América Latina, de Henry Louis Gates Jr. 
(Tradução de Donaldson M. Garschagen) 
Entre os séculos XVI e XIX, cerca de 11 milhões de africanos desembarcaram no continente americano depois de sobreviver à pavorosa travessia do Atlântico nos navios negreiros. Quase metade foi trazida para o Brasil, último país ocidental a abolir a escravatura. À mesma época, centenas de milhares de cativos chegaram à costa do Haiti e de Cuba e também a lugares como México e Peru. O professor de Harvard, crítico literário, pesquisador e cineasta Henry Louis Gates Jr. viajou por seis países latino-americanos para compreender a realidade atual dos descendentes das vítimas da escravidão – e rodar uma série de documentários sobre o assunto, grande sucesso de audiência na TV pública americana. O que significa ser negro em nações historicamente marcadas pelas desigualdades? Em que medida o racismo ainda dominante está associado às relações de classe? Em sua investigação – que inclui entrevistas com acadêmicos, ativistas, artistas e pessoas comuns -, Gates apresenta uma visão reveladora sobe a história e a cultura dos afrodescendentes na América Latina. 

Paisagens da Metrópole da Morte, de Otto Dov Kulka 
Entre o ensaio e testemunho, Otto Don Kulka produziu uma obra que amplia nosso entendimento a respeito de Holocausto. Unindo memória e imaginação – além de conhecimento historiográfico -, este livro mostra a tentativa de um homem. E uma das histórias mais tenebrosas do século XX. 

Quando Blufis ficou em silêncio, de Lorena Nobel e Gustavo Kurlat 
Nina coleciona coisas. Coisas especiais: ela guarda e cuida delas. Já tem uma coleção de rugas – as rugas-passageiras, que ficam só um pouco e depois vão embora, como as rugas nos dedos depois do banho e os amassados na bochecha ao acordar. E as rugas moradoras, que são as que nunca vão embora. Nina adora esse tipo! E também uma de espirros, que são bem mais difíceis de pegar. Ela tem vários ATCHINS, um punhado de ATCHUS e algumas raridades: um APUF, dois PIFFS, três ATCHUMBAS, seis PITCHUS e meio TCHUSS. Agora Nina começou uma coleção nova: a de pessoas com sono. É que, de repente, as canções sumiram de Blufis e, sem canções, as crianças foram desdormindo,desdormindo, até ficarem completamente sem sono. Mas Nina tem que dar um jeito nisso. E logo. 

Abril, o peixe vermelho, de Marjolaine Leray
(Trad. de Júlia Moritz Schwarcz) 
Abril era um peixinho que se sentia meio fora d’água. Como era de se esperar, ele não se contentou com sua vida entre quatro paredes de vidro: bolou um plano e partiu em busca de novos horizontes… Este é mais um livro com a irreverência e o traço inconfundível de Marjolaine Leray, autora de Uma chapeuzinho vermelho

Mulheres francesas não fazem plástica, de Mireille Guiliano 
(Trad. de Ana Beatriz Rodrigues) 
Quando o assunto é plástica, os Estados Unidos saem na frente todo ano. Em segundo lugar? A China, que vem crescendo em um ritmo impressionante. Em terceiro? O Brasil. E a França, um país dedicado à beleza feminina, onde as mulheres são modelo de desejo, elegância e sedução? Não está nem entre os dez primeiros lugares do ranking. Em Mulheres franceses não fazem plástica, Mireille Guiliano, ex-presidente da Clicquot, Inc. e autora best-seller do New York Times, revela os segredos e truques das francesas no que diz respeito a alimentação, estilo e hábitos, convidando o leitor a abandonar alguns padrões, redefinir prioridades, aproveitar os anos de maturidade – e cuidar da aparência de uma nova forma, antes de recorrer ao bisturi do cirurgião plástico.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

[Evento] Confira os detalhes do lançamento de "Que pele!"

Atenção leitores de Natal! 
No dia 30 de abril, às 19 horas, haverá um evento de lançamento do livro Que pele!, da autora Drª Graça Silveira. Confira os detalhes abaixo!


Vanessa Bosso é a mais nova autora do selo Novas Páginas

O grupo editorial Novo Conceito assinou contrato com a escritora Vanessa Bosso, que terá o seu livro publicado pelo selo Nova Páginas. A obra está prevista para o segundo semestre deste ano e promete agitar o mercado editorial nacional.

Abaixo há um recado da autora para os leitores da Novo Conceito:


Sou criadora de histórias desde a infância, mas nunca havia pensado em escrevê-las. Foi só em 2009 que tomei coragem e decidi arriscar tudo na carreira de escritora. 
Me deparei com um mercado hostil a novos autores, e paguei para publicar meus cinco primeiros romances. Os resultados ficaram aquém do esperado, mas nem assim eu desisti. Parti com determinação rumo a publicação independente apenas com e-books e, por incrível que pareça, foi a decisão mais acertada. Ganhei leitores, feedbacks importantes e retorno financeiro imediato. 
O sucesso dos e-books foi um marco na minha carreira, e logo me tornei conhecida como um case de sucesso no mundo virtual. Fui convidada a ir a Nova York e contar minha trajetória a outros autores que, como eu, buscam um lugar nesse competitivo e difícil mercado. 
Sim, o sucesso é possível mediante muito trabalho e paixão pelas letras.
Foi através da autopublicação que meu sonho de ser publicada por uma grande editora se realizou. Meus livros foram solicitados para análise, e qual não foi a minha surpresa quando a resposta foi positiva. 
O reconhecimento dos leitores eu já tinha, mas, agora, posso dizer com todas as letras, estou me sentindo realizada. Sonhos podem sim se tornar realidade, desde que você acredite em seu dom. 
Eu acredito. Obrigada a Novo Conceito por também acreditar. 
Vanessa Bosso

Então, fiquem ligados em mais esta #NovidadeNC!

segunda-feira, 14 de abril de 2014

[Resenha] A invenção das asas, de Sue Monk Kidd

Capa.
Indicado pela Oprah em seu clube do livro, A invenção das Asas, romance-histórico escrito por Sue Monk Kidd; retrata, de maneira brilhante, a vida das irmãs abolicionistas Sarah e Angelina Grinké, que viveram durante a época da colonização americana. A narrativa nos é apresentada pelas duas personagens principais: Sarah Grinké, filha de uma família tradicional de escravocratas do sul dos Estados Unidos, e Encrenca, sua escrava que sonha em ser livre. O fato de termos os dois pontos de vistas ali apresentados já é uma mostra da personalidade e genialidade da narrativa de Kidd: ela tem o poder de deixar os leitores ansiosos pelos pormenores da história e, ao mesmo tempo, na torcida para que as duas protagonistas realizem os seus desejos.

Tudo começa com a sagacidade da pequena Sarah. Ela, que sempre gostou de estudar, sonhava em ser advogada e discutia por horas a fio com o seu irmão sobre os assuntos da sociedade. A menina sempre demonstrou uma tendência abolicionista e se tornou uma leitora sagaz, uma vez que seu pai neglicenciava propositalmente as suas idas à biblioteca da família. Ao completar 11 anos, Sarah vê sua vida mudada. Ela é obrigada a fazer parte da vida social da sua cidade natal e, como parte deste processo de crescimento, ganha de presente uma escrava, a miúda Hetty Grinké, chamada gentilmente por todos por Encrenca.

Embora o papel de Encrenca seja o de assumir o lugar de dama de companhia de Sarah, o presente a enfurece. Para ela, os seres humanos devem ser livres. E como libertá-los? Bem, já que ela não pode recusar a Encrenca, ensinou-lhe a ler. É claro que o seu ato trouxe várias consequências difíceis tanto para Sarah, quanto para Encrenca. Enquanto esta foi punida fisicamente, aquela foi proibida de ter contato com o seu maior bem: os livros.

A beleza da obra passa a transpor a narrativa: ela vai ao cerne de cada personagem. Além da força e determinação de Sarah e de Encrenca, deparamo-nos com Charlotte (mãe de Encrenca) e Nina (apelido carinhoso de Angelina Grinké, irmã mais nova de Sarah). Todas elas são fortes, batalhadoras, sonhadoras e, sobretudo, determinadas a encontrarem as asas que lhe darão a devida liberdade.

As irmãs - juntas ou não - quebram os paradigmas sociais ajudando os escravos a passearem, ensinando-os a ler, lutando por seus direitos. É claro que elas foram punidas por isso, chegando a ser expulsas de diversos tipos de comunidades a que pertenciam. Por outro lado, foi justamente que a colocaram em destaque como as primeiras abolicionistas americanas e inspiração para a obra de Kidd.

Encrenca e sua mãe - que são personagens fictícios - não têm menor importância. Elas são responsáveis por nos fazer refletir sobre as atrocidades cometidas contra negros feitos de escravos (seja em qual parte do continente isso tenha acontecido) e também nos fazem pensar se nós não estamos sendo escravos de nossa própria mente.

Além de toda a questão abolicionista, ainda há espaço para romance.
Trecho da página 111.
Historicamente falando, é interessante observar também como homens e mulheres se relacionavam e como a autora expressa isso nos diferentes núcleos, com os diferentes pares (irmãos com irmãs, pais e filhos, maridos e esposas, fiéis e reverendos, escravos e seus donos). Também é notável as diferenças entre as vertentes do protestantismo da época e as suas formas diferenciadas de olhar para a questão da escravidão.

A invenção das Asas é uma obra belíssima que enche a vida dos leitores com sua força e coragem. É uma leitura agradável que merece ser feita com todo o carinho e que nos leva a reflexões profundas sobre a nossa relação com o mundo.


Livro: A invenção das Asas
Título original: The invention of Wings
Autor: Sue Monk Kidd
Tradução: Flávia Yacubian
Páginas: 328
Editora: Companhia das Letras
Sinopse: Sue Monk Kidd apresenta uma obra-prima de esperança, ousadia e busca pela liberdade. Inspirado pela figura histórica de Sarah Grimke, o romance começa no 11º aniversário da menina, quando é presenteada com uma escrava: Hetty “Encrenca” Grimke, que tem apenas dez anos. Acompanhamos a jornada das duas ao longo dos 35 anos seguintes. Ambas desejam uma vida própria e juntas questionam as regras da sociedade em que vivem.
Clique aqui para ler o trecho disponibilizado pela editora.

Booktrailer:


Sobre a Autora:
Fernanda RodriguesFernanda Rodrigues é bacharela em Letras (Português e Inglês) e licenciada no curso de Formação de Professores da USJT. Além de ser professora de Língua Inglesa, é louca por assuntos que envolvam a Literatura, as demais artes e o processo de ensino e aprendizagem. Escreve no Algumas Observações e no Teoria, Prática e Aprendizado.
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