terça-feira, 31 de julho de 2012

Oficinas na Escola de Literatura de Santo André

A Escola de Literatura de Santo André - Casa da Palavra - está com inscrições abertas para quatro cursos voltados à Literatura e à Língua Portuguesa. Vejam as informações:

Casa da Palavra

A Casa da Palavra inicia um novo bimestre de atividades, trazendo novos projetos e cursos focados na cultura literária, na filosofia e no letramento. As inscrições já estão abertas, e devem ser realizadas pelo telefone 4992-7218. Poderão ser feitas durante a semana, das 8h às 17h, ou aos sábados, das 10h às 16h. Segue abaixo os cursos abertos que iniciam na próxima semana.
Compareça!

Oficina Conto e Contraponto
Com os escritores Vinicius Canhoto e Alberto Lazzarini
De 08 de maio a 26 de junho, sempre às terças-feiras, das 19h às 21h
Local: Casa da Palavra – Praça do Carmo, 171, Centro – Santo André, SP
O presente projeto tem por objetivo propiciar a reflexão a respeito da criação literária por meio da análise de textos significativos na área. Essa reflexão inclui o aumento da capacidade de interpretação desses textos e, a partir disso, desenvolver a criação literária na forma de atividades propostas durante a oficina. Dentro desses parâmetros, pretendemos discutir textos de autores e obras diversificados, contextualizando-os historicamente e esteticamente com o objetivo de traçar um paralelo de aproximação ou distanciamento entre os diferentes estilos literários para incitar a reflexão crítica e desenvolvimento prático e criativo dos participantes. Na oficina, também será utilizada a prática de exercícios de escrita, a leitura e a discussão dos exercícios propostos e realizados com o fim de aperfeiçoar a prática da escrita.
Panacéia Literária
Com as escritoras Rosana Banharoli e Vanessa Molnar
De 09 de maio a 27 de junho, sempre às quartas-feiras, das 19h às 21h
Local: Casa da Palavra – Praça do Carmo, 171, Centro – Santo André, SP
O projeto será mediado sempre por uma das escritoras, Rosana Banharoli ou Vanessa Molnar, sendo a primeira mais voltada à poesia e a segunda à prosa. O projeto tem por objetivo propiciar reflexão a respeito da criação literária através de leitura direcionada e discussão de textos teóricos fundamentais da literatura. Essa reflexão visa ao aumento da capacidade de interpretação desses textos e, a partir disso, o incentivo à criação individual na forma de atividades propostas durante a oficina. Outro objetivo da oficina é contrapor a produção de textos literários recentes, com alguns textos clássicos, o que propiciará uma reflexão crítica sobre as permanências e os desdobramentos dos valores literários.
Círculo de Estudos Literários
Grupo Aberto de Estudos
De 10 de maio a 28 de junho, sempre às quintas-feiras, das 19h às 21h
Local: Casa da Palavra – Praça do Carmo, 171, Centro – Santo André, SP
O Círculo de Estudos Literários é um projeto que promove a leitura coletiva de textos literários e a discussão de temáticas filosóficas relevantes a partir de diversos materiais de referência: livros, artigos, filmes, documentários, imagens, etc. A criação deste grupo de estudos decorre da necessidade de um espaço permanente na Casa da Palavra que realize a leitura e discussão de obras significativas na formação cultural do indivúduo. O objetivo inicial é estimular a leitura de bons textos, exercitar o questionamento e incrementar a cultura democrática. A proposta do grupo é realizar as leituras e debates de maneira coletiva, sem uma orientação de um “professor”, e vivenciando uma pedagogia participativa, como um centro permanente de educação livre, onde o modelo professor-aluno é substituído pela construção coletiva do conhecimento. A diversidade de realidades e paradigmas dos participantes proporciona o enriquecimento do debate e reflexão, inclusive moldando conforme a necessidade o guia de estudos a ser seguido. Até o momento o grupo realizou a leitura completa do Estrangeiro de Albert Camus, bem como leituras de diversos contos e textos selecionados de autores como Jorge Luis Borges, Caio Fernando Abreu, Friedrich Nietzsche, Marina Colasanti, Mia Couto, Mário de Andrade, entre outros. É importante que os interessados tragam uma proposta de leitura para que seja discutida. Dentre os livros indicados destacam-se os de contos e crônicas, ensaios filosóficos, romances curtos, manifestos intelectuais, artigos e estudos acadêmicos. Além de indicações pessoais, a Biblioteca da Palavra poderá ser usada como fonte de pesquisa e de referência para as leituras.
Curso de Revisão da Língua Portuguesa
Com a professora Danielle Guglieri Lima
De 08 de maio a 26 de junho, sempre às terças-feiras, das 14h às 16h Local: Casa da Palavra – Praça do Carmo, 171, Centro – Santo André, SP
Este curso irá ajudar aos interessados na revisão inicial da gramática normativa e contará com diversificados recursos de aprendizagem, a saber: aulas expositivas, material impresso, debates acerca dos conteúdos, material digital e exercícios propostos de vestibular e de concursos públicos pela professora. É um curso que serve a todos os que têm dificuldade ou dúvidas a respeito do tema. Aspectos de estudo: fonética, fonologia, ortografia, novas regras de acentuação e emprego do hífen.
Cronograma para as 8 aulas do curso:
Aula 1 – 08/05 – Introdução aos estudo fonéticos e aparelho fonador; Aula 2 – 15/05 – fonemas (tipos e classificações) e letras; Aula 3 – 22/05 –Classificação de fonemas e construção da sílaba; Aula 4 – 29/ 05 – encontros vocálicos( ditongo, tritongo e hiato); Aula 5 – 05/06 – encontros consonantais ( dígrafos); Aula 6 – 12/06 – divisão silábica; Aula 7 – 19/06 – regras de acentuação gráfica; Aula 8 – 26/06 – uso do hífen.

Para mais informações, clique aqui.

Vai-te

(Por Machado de Assis)

Por que voltaste? Esquecidos
Meus sonhos, e meus amores
Frios, pálidos morreram
Em meu peito. Aquelas flores
Da grinalda da ventura
Tão de lágrimas regada,
Nesta fronte apaixonada
Cingida por tua mão,
Secaram, mortas estão.
Pobre pálida grinalda!
Faltou-lhe um orvalho eterno
De teu belo coração.
Foi de curta duração
Teu amor: não compreendeste
Quanto amor esta alma tinha...
Vai, leviana andorinha,
A outro clima, outro céu:
Meu coração? Já morreu
Para ti e teus amores,
E não pode amar-te — vai!
O hino das minhas dores
Dir-to-á a brisa, à noite,
Num terno, saudoso — ai —
Vai-te — e possa a asa do vento
Que pelas selvas murmura,
Da grinalda da ventura
Que em mim outrora cingiste,
Inda um perfume levar-te,
Morta assim: como um remorso
Do teu olvido... eu amar-te?
Não, não posso; esquece, parte;
Eu não posso amar-te... vai!

Para ler toda a obra de Machado de Assis, clique aqui.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Indicações da semana #16

Oi queridos! :)
Já que estamos a duas semanas dos Dia dos Pais, trazemos para vocês indicações de livros para presentear todos os tipos de "papitos". 


Livro: Os 11 Maiores Camisas 10 do Futebol Brasileiro
Autor: Marcelo Barreto
Editora: Contexto
Sinopse: Neste livro, Marcelo Barreto procura listar aqueles que considera os 11 maiores dentre os maiores autênticos camisas 10 - ninguém menos que Zizinho, Pelé, Ademir da Guia, Rivellino, Dirceu Lopes, Zico, Raí, Neto, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e Kaká.A conclusão é que camisa 10, por paradoxal que pareça, não é uma camisa, mas uma posição que é a cara do futebol.


Livro: Gigantes do Futebol Brasileiro
Autor: Marcos de Castro
Editora: Contexto
Sinopse: A primeira edição de Gigantes do Futebol Brasileiro é de dezembro de 1965. Nela, 13 perfis de craques brasileiros e duas imperdoáveis ausências: Ademir (a mais sentida pelo jogador) e Didi (a mais sentida pelos fãs). Nesta edição, que chega às livrarias em meados de maio, além dos dois craques ausentes e dos escalados na década de 1960, mais seis completam a seleção. Entre eles Romário e Ronaldo. João Saldanha, de quem os autores ainda não eram amigos, não os perdoou pela falha: “Dois jovens jornalistas (Marcos de Castro e João Máximo eram realmente jovens em 1965!) acabam de escrever a história dos maiores jogadores de futebol do Brasil. Pena que não viram Didi jogar”. É perda de tempo tentar explicar tais ausências, já que são, como se disse, imperdoáveis.




Livro: As 500 melhores coisas de ser pai
Autor: Sérgio Franco
Editora: Matrix
Sinopse: Chega um dia em que o homem deixa de ser filho e passa a ser pai. Muitas vezes, esse momento pode vir antes mesmo do nascimento de um filho - por meio do olhar apaixonado de uma mulher, ao ver nela uma futura mãe; da observação atenta e terna das crianças em um parque. Ser pai está além de apenas transmitir os genes para a posteridade. Trata-se de uma missão. Se ser pai fosse uma profissão, seria uma das mais sacrificantes já que exige muita dedicação, nada de férias e uma grande dose de responsabilidade. Mas o sorriso de um filho é um pagamento sem igual para tamanha dedicação. Ser pai é ser amigo, irmão, mestre, pai, avô. E é para ele que 'As 500 melhores coisas de ser pai' foi feito. Este livro é um presente para quem é pai. Mesmo que ainda não tenha um filho.


Livro: Manual do homem para sobreviver à gravidez
Autor: Michael R. Crider
Editora: Gente
Sinopse: São muitos os pais de primeira viagem que se sentem felizes, porém cheios de dúvidas ao ouvirem de suas companheiras as duas palavras estarrecedoras - "Estou grávida". Com Michael Crider não foi diferente. Logo ele, que sempre fora um cara despreocupado, seria agora papai! Desde a troca de fraldas até como acomodar o bebê em seu novo quarto, tudo era motivo de preocupação e dúvida para ele e sua esposa. Neste livro, Michael conta sua experiência para ajudar você, que está prestes a se tornar papai, a passar pela fase da gravidez e pelo primeiro ano de seu filho de uma maneira menos traumática e mais prazerosa. Michael relata episódios típicos desse momento da vida de um pai, como as turbulências hormonais da futura mamãe, o primeiro ultra-som, a chegada da maternidade, as mudanças da rotina, o prazer de estreitar vínculos com o novo membro da família... Um livro bem-humorado, escrito por um homem encantado pela paternidade.


Livro: O guia do papai
Autor: Colin Cooper
Editora: Novo Conceito
Sinopse: O livro trata sobre todas as técnicas básicas, além de algumas grandes idéias para mexer com a cabeça do novo papai, tais como o fato de ter a responsabilidade de ser o modelo para o outro. O papai irá aprender rapidamente o que deve ser feito e como deve ser feito. Depois disso, só fica faltando a prática. E adaptações sempre poderão ser feitas por meio de conversas com sua companheira visando atender as necessidades dela e do bebê. Resumindo, este livro contém tudo o que o papai precisa parase tornar útil.



Livro: Eu amo o meu pai
Autor: Anna Walker
Editora: Fundamento
Sinopse: Quando o Nico está com o pai dele, tudo fica mais gostoso!

Datas da booktour da Alyson Noël no Brasil


A autora Alyson Noël (Os Imortais) divulgou em seu blog algumas datas de sua booktour brasileira para o lançamento do livro "Sonhos". A editora ainda não confirmou as datas da sessão de autografos da autora na Bienal do Livro de São Paulo.

Confira abaixo as datas, horários e locais:

Livraria Saraiva (Shopping Center Norte)
Domingo, 19 de agosto, 14:00

Livraria Cultura (Shopping Bourbon)
Segunda, 20 de agosto, 19:00

Livraria FNAC Campinas (Shopping Dom Pedro)
Terça, 21 de agosto, 19:00


Há possibilidade de confirmação de mais datas.

Segundo livro da série "O Século", de Ken Follet será lançado em setembro.

Os fãs de Ken Follet já podem comemorar! A editora Arqueiro divulgou através de sua newsletter que Inverno do Mundo será lançado em setembro. Inverno do mundo é o segundo livro da trilogia O Século, que tem como primeiro volume Queda de Gigantes

Confira capa 


[Bienal de SP] Programação da editora Intrínseca.

A editora Intrínseca divulgou a sua programação da 22ª Bienal Internacional do livro de São Paulo. Haverá encontro de blogueiros, um dia inteiro dedicado a nerdfighteria e ançamento de seis livros da editora. 

Seis títulos serão publicados pela Intrínseca na 22ª Bienal: 4 horas para o corpo, o pouco convencional guia de bem-estar de Tim Ferriss — eleito o “super-homem do Vale do Silício” pela revista Wired —; A arte de viajar, do filósofo do cotidiano Alain de Botton; Puros, primeiro livro da série homônima de Julianna Baggott; Como partir o coração de um dragão, oitavo da premiada série infantil Como treinar o seu dragão, de Cressida Cowell; Murmúrio, quarto livro da Série Riley Bloom, de Alyson Noël; e o e-book Os arquivos perdidos: os legados do Número Nove, volume complementar da série Os Legados de Lorien, de Pittacus Lore

A Bienal acontece de 09 a 19 de agosto no Pavilhão de Exposições do Anhembi.  

11/8 (sábado): 
Encontro com blogueiros Inscrições no site da Intrínseca (em breve) 
Local: estande da Intrínseca 
Hora: das 16h às 17h  

12/8 (domingo): 
Dia A culpa é das estrelas Atividades durante todo o dia, com instalação interativa, bate-papo e exibição de vídeos 
Local: estande da Intrínseca 
Hora: das 11h às 19h  

13/8 (segunda-feira): 
Contação de histórias com música e teatro de fantoches inspiradas na série Como treinar o seu dragão 
Local: estande da Intrínseca 
Hora: 16h  

14/8 (terça-feira): 
Contação de histórias com música e teatro de fantoches inspiradas na série Muncle Trogg: o menor gigante do mundo 
Local: estande da Intrínseca 
Hora: 16h 1

5/8 (quarta-feira): 
Contação de histórias com música e teatro de fantoches inspiradas na série Como treinar o seu dragão 
Local: estande da Intrínseca 
Hora: 16h  

16/8 (quinta-feira): 
Contação de histórias com música e teatro de fantoches inspiradas na série Muncle Trogg: o menor gigante do mundo 
Local: estande da Intrínseca 
Hora: 16h  

17/8 (sexta-feira): 
Contação de histórias com música e teatro de fantoches inspiradas na série Como treinar o seu dragão 
Local: estande da Intrínseca 
Hora: 16h  

19/8 (domingo): 
Curso de Mitologia Greco-romana para Semideuses: encontro de fãs de Rick Riordan Distribuição de senhas (100): no estande da Intrínseca, às 10h 
Evento: Auditório Lygia Fagundes Telles, às 15h 

O endereço do estande da Intrínseca: D6

domingo, 29 de julho de 2012

[resenha] Quem é você, Alasca? de John Green

O primeiro amigo, a primeira garota, as últimas palavras 

Antes de começar a falar do livro, preciso contar para vocês como John Green entrou na minha vida. Semana passada, a Intrínseca, em parceria com alguns blogs, lançou o especial #CulpadoJohnGreen para comemorar o lançamento do livro A Culpa é das Estrelas. Eu, que já estava muito curiosa para ler o livro, acompanhei o evento desde o início: li os posts, comentei e, por meio disso, conheci a ‘nerdfighteria’ (clique no nome para descobrir o que é). 

Ok, mas onde Quem é você, Alasca? entra na história? Simples: dois dias depois do início do especial, um post falava sobre as obras de John Green e eu – toda esperta, só que não! – achava que ele só tinha A Culpa é das Estrelas aqui no Brasil. Acontece que descobri que a Martins Fontes havia lançado Quem é você, Alasca?, e como algumas pessoas sabem, eu trabalho em uma livraria. Na terça-feira a primeira coisa que fiz foi procurar a obra – que por sinal eu já havia visto antes por lá e me interessado pela história. Resultado: Comprei. 

Diante da euforia do especial muito bem organizado, meu maior medo era não me agradar com a escrita; porque, até então, eu estava dando tiro no escuro. Não conhecia nada dele, apenas sabia que era bom porque as pessoas diziam que era bom. Fui com muita sede ao pote – de novo! – só que, desta vez, tive-a saciada por John Green. 

Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras – e está cansado de sua vidinha segura e sem graça em casa. Vai para uma nova escola à procura daquilo que o chamou de o “Grande Talvez”. Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young. Inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, Alasca levará Miles para o seu labirinto e o catapultará em direção do Grande talvez. 

A narrativa é simples, gostosa e, em pouco tempo, o leitor se vê diante da história. A obra é narrada em primeira pessoa e por meio de Miles conhecemos Culver Creek. Dividida em duas partes – o antes e o depois – o romance nos envolve, mesmo sem querer, nos trotes que eram realizados na escola. 

No antes – discorrido em contagem regressiva – somos apresentados às personagens principais da trama: Miles, Chip e, claro, Alasca. Os capítulos são curtos e rápidos, nos levando rapidamente à metade da história. Este é mais um dos pontos positivos de Green, pois sue escrita se mostra bem interativa, bem legal de ser lida. E quanto mais você lê, mais você se envolve. 

"Passamos a vida inteira no labirinto, perdidos, pensando em como um dia conseguiremos escapar e em quanto será legal. Imaginar esse futuro é o que nos impulsiona para frente, mas nunca fazemos nada. Simplesmente usamos o futuro para escapar do presente". 

Vemos o crescimento da amizade entre o trio e a crescente paixão de Miles por Alasca; que, em diversos momentos, dá a entender que também está flertando o garoto. Contudo, Miles é apenas um rapaz que adora colecionar últimas palavras e, na definição do próprio garoto, Alasca é um furacão.

Uma das coisas que mais gostei nessa parte do livro foi o desenvolvimento dos personagens. Eles são jovens mesmo, tem atitudes de adolescentes transviados da década de 80 – sexo, drogas, bebidas e rock ‘n’ roll – o dia a dia escolar é tão bem traduzido, que o leitor se ver completamente envolvido em Culver Creek. 

Como eu já falei, os capítulos são narrados como uma contagem regressiva, como se algo muito bom ou muito ruim fosse acontecer com eles, no finalzinho dessa parte o leitor já consegue matar a charada. E aí temos o embasamento para a parte mais triste, porém mais emocionante do livro. 

Se eu for começar a falar muito sobre a segunda parte do livro, será um show de spoilers... A única coisa que posso dizer é que chorei. John Green trata dessa linha tênue que há entre a vida e a morte de uma maneira sutil e bela, é impossível não se emocionar com a tradução dos sentimentos e das dores que cada personagem. 

"Como sairemos deste labirinto de sofrimento? - Todos os que já perderam o rumo da vida se sentiram perturbados com a insistência dessa pergunta. Em algum momento, todos nós olhamos em volta e percebemos que estamos perdidos num labirinto.”

Não espere um desses romances infantis, que estão no gênero dos “certinhos”, que estamos acostumados a ver por aí. Na verdade para um romance da linha juvenil Quem é você, Alasca? aborda temas muito adultos com um toque especial de sensibilidade para o público alvo. Ao lê-lo, você encontrará uma história densa, real, cruel, verdadeira e linda. Seus personagens são, definitivamente, fortes, reais e palpáveis. Quem é você, Alasca? É o tipo de livro que te faz pensar, principalmente quando você termina de lê-lo.

Título Original: Looking for Alasca.
Autor: John Green
Ano: 2010
Editora: WMF Martins Fontes
Páginas: 229
Tradução: Rodrigo Neves

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Se você gostou da resenha, curtiu o livro e vai ler, não deixe de conhecer a nerdfighteria e nem o Nerdfighter Brasil. Para ser nerdfighter não precisa pré-requisito, basta querer ser.
Don't forget to be awesome ;)


Sobre a Autora:
Ana CarolineAna Caroline é estudante de Letras Português Francês na Universidade Federal de Sergipe. Adora ler, é apaixonada por séries da Literatura de Fantasia e espera desenvolver um trabalho de pesquisa sobre esse tema na faculdade. Trabalha em uma livraria, onde o contato diário com os livros levou a desejar criar esse blog. Escreve no Loucuras de Caroline.

sábado, 28 de julho de 2012

Leitor Destaque: Juan Silva

Queridos amigos e leitores do Nosso Clube do Livro,
Hoje é dia de dar passagem ao leitor destaque do mês de agosto!
Com vocês: Juan Silva!

Nome: Juan Silva 
Idade: 15 anos 
Formação / Profissão: Estudante do Ensino Médio e curso técnico em química 
Cidade em que vive: Alto do Rodrigues/RN 

O que está lendo?
Limiar – Elaine Valesco 

Tem algum livro que marcou a sua vida? Por quê?
É quase impossível não ter um livro que ao terminar de ler não deixe algumas marcas e mudanças em mim, mas se tivesse que escolher um, escolheria Quarto, da autora Emma Donoghue, pois além de ser extremamente dramático e emocionante, me fez ver que independente da situação, a felicidade está sempre lá, basta ser uma opção nossa acolhê-la. 

Já abandonou alguma leitura, qual foi? Por quê?
Sim. Ainda me culpo por ter abandonado. O livro era A Lebre com Olhos de Âmbar [de Edmund de Waal] e é uma não-ficção que me atraiu pela história que aborda mas me decepcionou pela narrativa nada cativante. 

Além de ser leitor, você também é autor? 
Sim. Tenho uma imaginação fértil até demais desde criança. Tenho algumas histórias sendo desenvolvidas, mas nada ainda finalizado. Ser autor é uma dos meus vários sonhos. 

O que o mundo dos livros significa para você?
O mundo dos livros acabou se tornando o meu mundo. Não consigo me imaginar sem meus livros, sem os ensinamentos que cada um me ensinou e sem a companhia que me fizeram e fazem quando me sinto sozinho. Assim sendo, o mundo dos livros é tudo para mim, significa amor, amizade, felicidade e vida. 

Deixe uma mensagem para os leitores do Nosso Clube do Livro.
Continuem visitando o blog e lendo bastante, afinal, um livro é uma fonte inesgotável de saber e divertimento.

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Juan é dono do blog Asas Literárias.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Lançamentos de Agosto da Editora Novo Conceito

Confira abaixo a lista de lançamentos de Agosto da editora Novo Conceito:



O Reino (As Aventuras dos Fargo #3) - Clive Cussler

Em Spartan Gold e Lost Empire, Clive Cussler levou os leitores ao mundo do time do casal Sam e Remi Fargo, em que suas paixões e instinto para caçar tesouros trouxeram descobertas extraordinárias e jornadas perigosas. A próxima aventura do casal, no entanto, pode ser mais ainda aterrorizante. Os Fargos são especialistas em caçar tesouros e não pessoas. Mas, então, um barão do petróleo de Texas os procura com uma pedido pessoal: um investigador amigo dos Faros estava em uma missão para procurar o pai do barão, porém, agora ele também está sumido. Sam e Remi seriam capazes de procurar pelos dois? Apesar de não ter adicionado muita informação sobre o caso, Fargos concorda em começar a procura. O que eles encontrarem irá além do que eles imaginaram. Em uma viagem que os irá levar a Tibet, Nepal, Bulgária, Índia e China, os Fargos serão envolvidos com um mercado negro de fósseis, um baú centenário e o ancião do Reino Tibetano de Mustang, um dirigível do século anterior…


O Começo do Adeus - Anne Tyler

Anne Tyler nos leva a um romance sábio, assustador e profundamente tocante em que descreve um homem de meia-idade, desolado pela morte de sua esposa, que tem melhorado gradualmente pelas aparições frequentes da mulher — na casa deles, na estrada, no mercado. Com deficiência no braço e na perna direita, Aaron passou sua infância tentando se livrar de sua irmã, que queria mandar nele. Então, quando conhece Dorothy, uma jovem tímida e recatada, ele vê uma luz no fim do túnel. Eles se casam e têm uma vida relativamente modesta e feliz. Mas quando uma árvore cai em sua casa, Dorothy morre e Aaron começa a se sentir vazio. Apenas as aparições inesperadas de Dorothy o ajudam a sobreviver e encontrar certa paz. Aos poucos, durante seu trabalho na editora da família, ele descobre obras que presumem ser guias para iniciantes durante os caminhos da vida e que, talvez para esses iniciantes, há uma maneira de dizer adeus.


P.S. Eu te Amo - Cecelia Ahern

Gerry e Holly eram namorados de infância e ficariam juntos para sempre, até que o inimaginável acontece e Gerry morre, deixando-a devastada. Conforme seu aniversário de 30 anos se aproxima, Holly descobre um pacote de cartas nas quais Gerry, gentilmente, a guia em sua nova vida sem ele. Com ajuda de seus amigos e de sua família barulhenta e carinhosa, Holly consegue rir, chorar, cantar, dançar e ser mais corajosa do que nunca.





Cuco - Julia Crouch

Polly é a mais antiga amiga  de Rose. Então quando ela liga para dar a notícia que seu marido morreu, Rose não pensa duas vezes ao convidá-la para ficar em sua casa. Ela faria qualquer coisa pela amiga; sempre foi assim. Polly sempre foi singular — uma das qualidades que Rose mais admirava nela — e desde o momento em que ela e seus dois filhos chegaram na porta de Rose, fica óbvio que ela não é uma típica viúva. Mas quanto mais Polly fica na casa, mais Rose pensa o quanto a conhece. Ela não consegue parar de pensar, também, se sua presença tem algo a ver com o fato de Rose estar perdendo o controle de sua família e sua casa. Enquanto o mundo de Rose é meticulosamente destruído, uma coisa fica clara: tirar Polly da casa está cada vez mais difícil.



Fonte: livrosecitações

[Bienal do Livro SP] Programação Editora Novo Século

Confira abaixo a programação da Editora Novo Século na 22ª Bienal do Livro de São Paulo, que acontecerá de 09 à 19 de Agosto, no Pavilhão de Exposições do Anhembi.


10/08 – sexta-feira
13h30 – Nina Auras (Como Romeu e Julieta)
15h00 – Marcel Colombo (Al-Aisha)
16h30 – Gilson Pinheiro (Batalha dos Anjos)
18h00 – Samanta Holtz (O Pássaro)
19h30 – Alessandro Mendonça (Era Uma Vez 1986)
20h30 – Reginaldo Fazio (Suprema – O Roubo do Intocável)

11/08 – sábado
10h00 – Lízien Danielle (Danna)
11h30 – Adriana Brazil (Outono de Sonhos)
13h30 – Melissa Stefânia (Melissa)
15h00 – Lycia Barros (Uma Herança de Amor)
16h30 – Leonardo Brum (Terra Cruz)
18h00 – Nelson Magrini (Ceifadores)
20:30 – Turnê Literária

12/08 – domingo
10h00 – Vanessa de Cássia (Entre Amores Cruzados)
11h30 – André Vianco
12h30 – André Vianco
13h30 – André Vianco
15h00 – Andréia Sales (Cântaro de Prata)
16h30 – Ricardo Ragazzo (72Horas Para Morrer)
18h00 – Ricardo Valverde (2012 – O Segredo do Monte Negev)

13/08 – segunda-feira
18h00 – Leonardo Monte (Cerberus)

14/08 – terça-feira
11h30 – Silvia Czapski e André Médici (Dr. Juljan Czapski: O Cavaleiro da Sáude)
13h30 – Lígia Miraglia (Entre dois Mundos)
15h00 – L. E. Haubert (Calisto)
16h30 – Cristina Cairo (Linguagem do Corpo)
18h00 – Claudio Said (Vaidade, Poeira e Vento)
19h30 – Daniel Pedrosa (Setor 27)

15/08 – quarta-feira
11h30 – Ana Macedo (Lágrima de Fogo)
13h30 – Bento de Luca (O Príncipe Gato)
15h00 – W. Donadon (A Lenda de Hogni)
16h30 – Flavia Simonelli (Ausência)
18h00 – Roberto Bombarde (Filho do Amanhã)
20h30 – Araildes Maia (Família:Arquivo Confidencial)
20h30 – Victor Hugo Valois (Saudosa Maloca)

16/08 – quinta-feira
13h30 – André Cardinali (Estátuas de Sal)
15h00 – Leandro R. S. Filho (Asgard)
16h30 – Alexandre Tavares (Alucinada)
18h00 – Helena Andrade (Despertar)
19h30 – Eliane Quintella (Pacto Secreto)
20h30 – Leila Kruger (Reencontro)

17/08 – sexta-feira
10h00 – Deise C. Muller (Lilac)
11h30 – Ronaldo Cavalcante (Cinco Luas)
13h30 – Monique Lavra (Os Guardiões)
15h00 – Marcia rubom (Adeus à Humanidade)
18h00 – Roberto Juliano (O Dilema do Vegano)

18/08 – sábado
Em aberto

19/08 – domingo
10h00 – Cristina Cairo (Linguagem do Corpo)
11h30 – Ulisses Aguiar (O Diário do Caçador)
13h30 – Cris Motta (Baroak)
15h00 – Felipe Colbert (Ponro Cego)
18h00 – Suely Buriasco (Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois)

O estande da Editora Novo Século fica na Rua H, número 70, próximo ao espaço infantil.

Confira a programação da Novo Conceito para a Bienal.

Está chegando! Faltando apenas alguns dias para a 22ª edição da Bienal do Livro em São Paulo, a editora Novo Conceito divulgou a programação do seu estande, que contará com Maria Fernanda Guerreiro (A Filha da minha mãe e eu), Lucinda Riley (Casas das Orquídeas), Chico Anes (O sonho de Eva), entre outros. Confira a programação completa:


Divulgada a capa de True, de Hillary Duff

(via Livros e citações)

Foi divulgada a capa do terceiro e último livro da série Elixir, da autora Hillary Duff. True tem lançamento previsto para 16 de abril de 2013. No Brasil, a série é publicada pela editora iD, o segundo livro, Devoted, chega as livrarias brasileiras em agosto.




Para ler trecho do livro, clique aqui.

Cecelia Ahern lançara novo livro.


Foi divulgada a capa do novo livro de Cecelia Ahern, autora dos romances P.S. I love you, livro que deu origem ao filme e Se você me visse agora. One Hundred Names tem lançamento previsto para 11 de outubro.


A carreira da jornalista de Kitty Logan está sendo destruída por um escândalo-e agora ela está perdendo a mulher que orientou e ensinou a ela tudo o que sabia. Na cabeceira da cama de sua amiga com uma doença terminal, Kitty pergunta – qual a história que ela sempre quis escrever? A resposta está em um arquivo enterrado no escritório de Constance: uma lista de cem nomes.

Antes de Kitty perguntar à sua amiga o que isso significa, é tarde demais. Cabe agora a Kitty rastrear e encontrar os nomes da lista enquanto tenta descobrir o que os liga. E, no processo de ouvir histórias de pessoas comuns, ela começa a entender a sua.

Divulgada capa de "A Seleção", da autora Kiera Cass

Foi divulgada a capa do livro "A Seleção", da autora Kiera Cass. O livro será lançado em Setembro e é a aposta do novo selo juvenil da Editora Companhia das Letras, Seguinte. O segundo livro tem previsão de lançamento para 2013. Confira a capa abaixo:


Sinopse: Para trinta e cinco garotas, a Seleção é a chance de suas vidas. A oportunidade de escapar da vida estabelecida para elas desde o nascimento. Entrar em um mundo de vestido brilhantes e joias de valor inestimável. De viver em um palácio e competir pelo coração do lindo Príncipe Maxon. Mas para America Singer, ser Selecionada é um pesadelo. Isso significa virar as costas para seu amor secreto com Aspen, que é de uma casta menor que a dela. Deixar sua casa para entrar em uma competição acirrada por uma coroa que ela não quer. Viver em um palácio constantemente ameaçado por rebeldes violentos. Então, America conhece Príncipe Maxon. Gradualmente, ela começa a questionar todos os planos que fez para si mesma- e percebe que a vida que ela sempre sonhou não é nada comparada com o futuro que ela nunca imaginou.

Confira o booktrailer da obra em inglês:


Fonte: livrosecitações

[Bienal do Livro SP] Sessões de autógrafos da Editora Baraúna

Além do lançar 17 obras (confira a lista clicando aqui) na 22ª Bienal do Livro de São Paulo, a Editora Baraúna realizará sessões de autógrafos com vários autores. Confira abaixo a programação:


Dia 10 de agosto:
15 horas – Silvino Morais Barros com o livro Alegorias de Poder.
19h30 – Rubens Neto com o livro O guerreiro do terceiro milênio.
21 horas – Adalberto Nogueira com o livro Fragmentos de uma rua sem fim.

11 de agosto:
11 horas – Elizabete Scaramal com o livro Laurinda – desafios, medos e amores.
13h30 – Luciene Gonçalves com o livro Escolhas.
15 horas – Fabio Paulo da Silva com o livro O último reduto legalista.
19h30 – Miriam Monteiro Dias com o livro O anel.

12 de agosto:
12 horas – Bruno Henrique com o livro Jardins Suspensos.
13h30 – Edson José da Silva Santos com o livro O Mendigo.
15 horas – Neilon Batista com o livro O Guardião do Graal.
18 horas – Patrícia Bencardini com o livro Dança do Ventre.
19h30 – Rodrigo Carvalhedo com o livro Gemeologia.

Dia: 13 de agosto:
15 horas – Gislana Peçanha com o livro Delícias de Paraty.
16h30 – Fabio Vinícius com o livro Se Deus é amor, por que existe a morte?
18 horas – Geraldo Tinôco com o livro Sobre Humanos e Poetas.

15 de agosto:
19h30 – Udson Souza com o livro Confissões do Homem Erótico.

Dia 16 de agosto:
15 horas – Paulo Milhan com o livro Tarde demais para acreditar no amor.
19h30 – Luzia Gomes da Silva e Dr. Júlio Cezar da Silva Castro com o livro Dos Direitos Humanos aos Direitos Fundamentais no Brasil.
21h – F. Moraes Martins com o livro Lágrimas do Sol.

Dia 17 de agosto:
16h30 – Kacrhys com o livro Dia de Neve.
18 horas – Júlio César Pereira de Freitas com o livro Seres da margem.
21 horas – Helena Figueiredo com o livro Branca, Bela e Gata.

Dia 18 de agosto:
11 horas – Vanessa Bosso com o livro O Elemental.
12 horas – Carlos Henrique Vianna de Andrade com a História Ilustrada da Medicina na Antiguidade.
13h30 – Janethe Fontes com o livro Vítimas do Silêncio.
15 horas – Carina Rissi com o livro Perdida.
16h30 – Rodrigo Cardozo com o livro Guardiões de Deus.
19h30 – André Luiz Alves de Magalhães com o livro O jeitinho Brasileiro na Admissão ao Serviço Público.

19 de agosto:
12 horas – Camille Storch com o livro Negro Amor.
13h30 – Vandenei Dogado com o livro Inteligência e Aprendizagem.
14h – Marcus Achiles com o livro Danação.
16h30 – Pedro Guerra com o livro Você pode guardar um segredo?



O estande da Editora Baraúna está localizado na Rua M e é o número 50. A Bienal do Livro SP acontece de 09 à 19 de Agosto no Pavilhão de Exposições do Anhembi. 

[Bienal do Livro SP] Lançamentos de livros da Editora Baraúna


Durante a 22ª Edição da Bienal do Livro de São Paulo (09/08 à 19/08), a Editora Baraúna lançará 17 livros, com os mais variados temas (Literatura Fantástica, Romance, Poesia, entre outros). Confira abaixo a programação:

Dia 10 de agosto:
13h30 – As dores do mundo - Luiz L. de Freitas Santana.
18h00 – Fragmentos de Vida - Larissa Jensen.

Dia 11 de agosto:
12 horas – De onde veio este bebê? - Maria Carolina Munhoz Menko.
16h30 – Brahnac – A Terra Mágica - Cátia Isotton Nachbar.
18 horas – Conversa com quem gosta de questionar - Pe. Dico.
21 horas – Amor igual - Cristian Albert.

Dia 12 de agosto:
16h30 – O lugar proibido - Fernanda Matias.

Dia 15 de agosto:
18 horas – Neuromarketing - José Chavaglia Neto, Brenno Maia Ramalheiro, José António Filipe.
21 horas – A eterna dança cósmica - Guilherme Romano.

Dia 14 de agosto:
19h30 – Immortales - Roxane Norris. 

Dia 16 de agosto:
16h30 – Contos que conto - Cícera Maria.
18 horas – Cura pela medicina espiritual - Ruy Mercúrio.

Dia 17 de agosto:
13h30 – Síndrome de Down - Ana Cristina Dias Rocha Lima.
15 horas – Hélio em Ramos de Oliveira - Hélio Ramos de Oliveira.
19h30 – Reencontros - Rafaela Guimarães.

Dia 18 de agosto:
18 horas – Vidros escuros - Rosa Freire.
21horas – Desvão no tempo Eliana Matosinho.




O estande da Editora Baraúna está localizado na Rua M e é o número 50. A Bienal do Livro SP acontece de 09 à 19 de Agosto no Pavilhão de Exposições do Anhembi. 

Divulgada a capa de Saco de Ossos, de Stephen King

(via Livros e Citações)

A Suma de Letras divulgou a capa do mais novo livro de Stephen King. Saco de Ossos tem previsão de lançamento para setembro.



Como suportar a morte da pessoa amada? De que forma preencher os dias cada vez mais longos e vazios? Como se libertar da tortura de pesadelos terríveis? Aos quarenta anos, o escritor de sucesso Mike Noonan enfrenta estas perguntas. Desde a morte da esposa Jo, sua vida transformou-se. Incapaz de escrever, Mike passa longas horas diante da tela vazia e sente que precisa reagir enquanto ainda lhe resta alguma lucidez. Atormentado por pesadelos com Sara Laughs, a casa do lago onde ele e Jo viveram momentos felizes, Noonan decide voltar. E é na pequena cidade que Mike redescobre o amor. E é na pequena cidade que terá de enfrentar a fúria do poderoso Max Devore, um homem cruel, capaz de tudo para arrancar a neta da guarda de sua jovem mãe viúva. É em Sara Laughs que Mike Noonan volta a escrever e vive a tormenta de pesadelos cada vez mais assustadores.

 

quinta-feira, 26 de julho de 2012

[evento] Sarau: Penso, logo sinto

A Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, localizada em São Paulo,  realizará neste sábado o sarau Penso, Logo Sinto, em que  o público poderá mostrar a sua arte! Veja as informações abaixo e participe!


Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura
Avenida Paulista nº 37
Próximo à estação Brigadeiro do Metrô (Linha 2 -Verde)
Telefones: (11) 3285-6986 e 3288-9447

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Ser escritor: os desafios de ser reconhecido



Em 25 de julho é comemorado o dia nacional do escritor. Uma data criada na década de 60, quando dois autores brasileiros (Jorge Amado e João Peregrino), presidente e vice, respectivamente, da União Brasileira de Escritores, realizaram o 1º festival do Escritor Brasileiro. Por isso, entrevistamos alguns jovens autores para saber quais são as pedras no meio do caminho encontradas por estes profissionais. 

Mas, o que os novos autores brasileiros têm a comemorar pela data? 

Sabe-se que se tornar um escritor é uma tarefa árdua. Além de dispor de tempo para trabalhar na sua própria obra, o autor tem que ter paciência. Sim, muita paciência. Depois da criação vem o ardiloso processo de entrar em contato com editoras e correr o risco de ser negado inúmeras vezes. E quando, o que fazer então? 

Alguns deles produzem de forma independente. Esta empreitada é mais difícil ainda, uma vez que o escritor é responsável pela própria divulgação do seu livro. Esta pode ser, sem dúvida alguma, uma das maiores dificuldades que eles enfrentam. “Acredito que a maior dificuldade para um escritor iniciante está na divulgação do seu trabalho. Como ainda não tem um espaço na mídia para fazer isso; terá que, muitas vezes sozinho, ultrapassar fronteiras, abrir novos caminhos, para tornar seu livro conhecido”, foi o que nos disse Roberta Splinder, autora de livro Os Contos de Meigan. 

Há também a questão do preconceito. O brasileiro está muito acostumado a criticar tudo que é novo, tudo que é produzido aqui, principalmente quando é por alguém desconhecido. É complicado entender o motivo de ficarem tão presos quando o assunto é a nova literatura nacional, já que estamos acostumados a tudo que vem de fora e a todos os autores mais antigos.

Para alguns leitores é muito fácil explicar: é mais simples ler algo que acontece em outras terras, outros países ou planetas, do que conviver com a dura realidade do Brasil; para outros a coisa é um pouco mais ampla. A leitora Raila Spindola acredita que “Tem coisas que simplesmente não cabem com Brasil, como alguns épicos. Épicos brasileiros precisam ser sobre índios ou escravatura, porque é isso que é aqui. Eu não gosto de livros que falam sobre ditadura militar e guerra do Paraguai, e parece que alguns livros brasileiros só conseguem abrasileirar tudo. E os que não são assim, as editoras só não se importam”.

Esse foi um dos problemas enfrentado pela autora Renata Ventura, que escreveu o livro A Arma Escarlate, cujo enredo foi inspirado na série Harry Potter, “a maior dificuldade para os autores brasileiros é o preconceito que existe contra literatura nacional e, principalmente, contra literatura que se passa no Brasil!”. 

O preconceito que parte dos leitores tem com a produção feita aqui com certeza não é apenas um problema da Renata, mas de muitos outros que começaram neste competitivo mercado editorial. Esta visão é compartilhada pelo autor Sergio Carmach (Para sempre Ana) que diz que o “problema é mostrar para os leitores que seu trabalho é atraente e possui um diferencial. E essa tarefa é bastante árdua para o escritor independente, mesmo que ele tenha escrito a mais bela das histórias”. 

Ainda que o panorama acima descrito seja cruel, a nova literatura brasileira luta contra este cenário, tornando-se cada vez mais presente, ganhando espaço seja na atenção dos leitores, seja no catálogo das editoras. 

Algumas grandes editoras criaram selos para lançamento de novos escritores e desenvolvem um trabalho maravilhoso e de extrema importância para essa demanda. Sergio Carmach ainda acrescenta que “O novo autor tem muita facilidade hoje em dia para publicar suas histórias, pois há um grande número de editoras dedicadas a ele.” Com relação dedicação a esses autores novos pode-se citar como exemplo o selo Fantasy - da Casa da Palavra -, Novos Talentos – da Novo Século -, editoras Draco e Subtítulo, dentre muitas outras que estão dando o devido valor a produção literária brasileira.

A nova produção literária brasileira está a todo vapor e a cada dia aparecem autores muito bons em busca de um espaço. Como a própria Lycia Barros (Uma herança de amor e A garota do outro lado da rua) deixou claro para nós quando revelou qual a grande dificuldade para ela: “A grande dificuldade dos autores - e não incluo só os brasileiros - é transformar a sua bela ideia em um livro apto a competir no mercado editorial. Ou seja, organizar as ideias para elaborar um livro que tenha todos os recheios para atrair determinado público. Não adianta conseguir uma editora se o recheio do seu livro não está bom, pois isso só vai naufragar sua carreira antes mesmo de começar. Por isso me conselho é sempre o mesmo: planeje, organize-se e estude! Essa não é uma carreira para amadores”

 ---
Agradecimentos especiais aos autores que nos ajudaram na construção deste artigo: Sergio Carmach, Lycia Barros, Renata Ventura, Roberta Splinder, Leonardo Schabbach (que não conseguiu enviar a resposta, mas só tem tentar ajudar já me deixou feliz) e Raila Spindola.

Escrevo

(Por Fernanda Rodrigues)


Escrevo
   Porque
         Humana
                 Sou.

                    Escrevo
          Porque
      Sem
Versos
     Morro.

                    Escrevo
                         Para
              Assim
     Viver.

Em
  Linhas
   Retas
        De
  Versos
           Tortos,

          Como
                A
      Minha
               Vida
          É
    E
     Deve
             Ser!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Surpresinha do John Green para os leitores brasileiros

Na semana passada a Intrínseca e alguns blogs realizaram um especial chamado #CulpadoJohnGreen para comemorar o lançamento de A Culpa é das Estrelas (The Fault is our stars) no Brasil. Pois é, hoje foi dia do John Green (muito amor) mandar um recadinho lindo, fofo e divertido para os seus leitores ou nerdfighters brasileiros. 

 Confira o vídeo:

   

Não ficou a coisa mais awesome? Mais totally awesome do mundo? Muito amor pra pouca vida, gente! 

Don't forget to be awesome ;)

[Resenha] O Torreão, de Jennifer Egan

Comecei a escrever esta resenha no computador, mas não achei que seria justo – ainda que tenha que digitá-la depois. Fazê-lo em meio eletrônico seria trair Danny, Howard, a Baronesa (e todas as suas gerações puramente europeias), Holly e, principalmente, seria trair o próprio Torreão. Por isso, vim para o meu quarto desprovida de quaisquer aparelhos tecnológicos (incluindo o meu velho rádio, que foi “expulso” de seu cantinho enquanto escrevia) e fiz deste cômodo o meu Torreão improvisado. 

Ok, antes que vocês achem que estou ficando maluca, começarei a resenha propriamente dita. Se tivesse que descrever O Torreão com uma só palavra, bastaria: inacreditável! Quando o Daily Mail disse que este é “um daqueles raros livros que nos fazem lembrar por que amamos ler”, não mentiu. Mais uma vez, Jennifer Egan me mostrou porque ela é vencedora de um Pultzer, porque esteve na Festa Literária Internacional de Paraty, porque seus livros são sucesso de público e crítica. 

Dividido em três partes, O Torreão é aquele tipo de livro que nos faz manter os olhos grudados em suas páginas desde o título da capa até o último ponto final. A princípio, temos Danny, um nova-iorquino trintão, viciado no incrível poder de conexão que a tecnologia oferece a qualquer um nos tempos moderno a ponto de sentir na pele, literalmente falando, onde há um sinal de internet wi fi. Danny King, na infância, “ummeninotãobom”, ao crescer não passa de um cara cínico que se aproveita das relações – ou seria das encrencas em que se mete? – para sobreviver. Em contraponto, há seu primo, Howard: adotado, gordo, nerd. O típico rejeitado pelo restante da família por ser considerado o diferente. 

Na infância, os dois são muito unidos e – como toda criança – muito criativos. Ao nos apresentar a mente fértil de nossos personagens, Egan começa o jogo que permeará toda a narrativa: o que é real e o que é imaginário? Em muitos momentos, realidade e ficção se mesclam a ponto de trocarem de papeis – revelando, mais uma vez, a genialidade da autora. Voltando aos meninos, as brincadeiras e o universo infantil cria um laço entre os dois, até que a vontade de ser popular de Danny o faz “brincar” com Howie de uma forma que marca e muda a vida de ambos, separando-os até o reencontro no castelo, cuja torre mais alta e mais forte nomeia a obra: o Torreão. 

Paralela a esta história, temos a de Ray, um presidiário que participa da oficina de redação de Holly. Então, mais uma vez, a manipulação da história se torna incrível. Danny e Howie e seu castelo são reais ou apenas fruto da história de um preso que, em sua primeira crônica provoca brutalmente sua professora? Novamente, a ficção se funde com uma possível realidade. 

Enquanto tudo isso é apresentado na primeira parte do livro; na segunda, encontramos uma densa narrativa de tirar o fôlego de qualquer leitor! Nela, Danny visita o Torreão e a parte fantástica do livro transborda causando um impacto físico em quem está ali com ele. O castelo em si, e consequentemente seu Torreão, pode ser considerado quase um personagem. Cenário da maior parte da narrativa é misterioso, denso, sem qualquer conexão com o exterior... Verdadeiro mundo a parte que ajuda a narrativa tirar seus leitores da órbita! A cada passo que Danny dava ali dentro, em muitos momentos – poderia dizer que ao longo de toda a parte –, me vi ao seu lado, suando frio com ele, tremendo, me desesperando, buscando uma explicação com a mesma sede, com o mesmo torpor. Seria Howard um louco ou nós, leitores, estávamos enlouquecendo pela falta de conexão com o mundo juntamente com o Danny? A conclusão só chega à última linha, ao último ponto final. 

Este é um livro que desperta emoções. Além da adrenalina da segunda parte, a terceira é comovente a ponto de ter momentos que quase me levaram ao pranto. Mais uma vez, a dosagem disso tudo põe a mostra o quão fantástica é o estilo da autora. 

Falando no estilo, Jennifer Egan usa e abusa daquilo que ela faz com maestria: começa com o narrador em terceira pessoa e mais à frente, percebemos que aquele narrador é uma das personagens. O ponto de vista, esteja ele em primeira ou terceira pessoa, é múltiplo, uma vez que na obra, quase todos os personagens “têm voz”. Isso dá um ritmo alucinado na narrativa e contribui para que ela se torne tão incrível. 

Com O Torreão, Egan consegue provocar o leitor para assuntos que muito importantes: como despertamos a nossa criatividade em um mundo em que tudo está praticamente pronto? Como quebramos os paradigmas dos padrões preestabelecidos? Como dosamos a tecnologia e a ausência dela? 

Por fim, devo ressaltar que a dose de “fantástico” que há na narrativa está na medida. Até quem é mais crítico com isso – assim como eu – vai gostar, uma vez que estes elementos surreais dão um tom gótico à trama. 

Posso dizer, sem demagogia alguma, que os livros de Jennifer Egan foram os melhores que li até agora em 2012. O Torreão, antecessor de A visita cruel do tempo – embora tenha sido publicado depois dele aqui no Brasil – tem um final surpreendentemente tocante, carinhosamente lindo. Não preciso dizer o quanto recomendo a leitura das duas obras, elas já se tornaram livros de cabeceira para mim.

PS: Jennifer Egan, você me fez criar a minha própria definição para alto: o estado magnifico de deleite ao reconhecer livros formidáveis e me deleitar em suas leituras! Obrigada por isso! ;)


Livro: O Torreão
Título original: The Keep
Autora: Jennifer Egan
Tradução: Rubens Figueiredo
Editora: Intrínseca
Páginas: 240
Sinopse: Nos confins da Europa Oriental, um misterioso castelo resistiu a centenas de anos, apoiado no orgulho e na tradição de uma família. Até que Danny, um cínico nova-iorquino de trinta e seis anos que raramente vai a algum lugar que não tenha conexão wi-fi, chega para ajudar seu enigmático primo a reformar o castelo e transformá-lo em um hotel de luxo. Mas as coisas começam a ficar estranhas. Uma baronesa sinistra, um trágico acidente em uma piscina mal-assombrada, um traiçoeiro labirinto subterrâneo... Quando o pânico toma conta de Danny, ele descobre que a "realidade" pode ser algo em que ele não consegue mais acreditar.

Para ler o primeiro capítulo (em inglês), clique aqui.


Sobre a Autora:
Fernanda RodriguesFernanda Rodrigues é bacharela em Letras (Português e Inglês) e estudante do curso de Formação de Professores na USJT. Além de ser professora de Língua Inglesa, é louca por assuntos que envolvam a Literatura, as demais artes e o processo de ensino e aprendizagem. Escreve no Algumas Observações, no Escritos Humanos, no Teoria, Prática e Aprendizado e no Barbie Nerd

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Indicações da Semana #16 - Especial Amy Winehouse

Olá amigos do Nosso Clube do Livro!
Como hoje faz um ano da partida de Amy Winehouse - um ano de muita falta no mundo da música - fizemos uma pequena lista de indicações de livros sobre a cantora. 

Livro: Amy, Amy, Amy
Subtítulo: A história de Amy Winehouse
Autor: Chas Newkey-Burden
Editora: Madras
Páginas: 152
Ano: 2010
Sinopse: Este livro percorre toda a jornada errática de Amy Winehouse para a fama, desde sua infância em uma família judaica de North London, até sua subida meteórica ao estrelato e os dois álbuns que a elevaram para o topo. Nick Johnstone desvenda a vida e a carreira de uma das estrelas britânicas mais brilhantes e problemáticas. Seus problemas bastante divulgados com álcool e drogas, anorexia, bulimia e suspeita de autoflagelo a mantêm nas manchetes e ameaçam obscurecer seu talento como cantora. Amy, Amy, Amy reestabelece o equilíbrio, atribuindo a medida real ao talento de Winehouse enquanto oferece um relato honesto de suas múltiplas crises pessoais.


Livro: Amy Winehouse
Subtítulo: Biografia
Autor: Nick Johnstone
Editora: Gobo
Páginas: 200
Ano: 2008
Sinopse: Amy Winehouse foi uma das artistas mais contundentes e polêmicas da atualidade. Mesmo após a morte prematura, a cantora e compositora inglesa ainda ocupa posição de destaque no ranking das poucas unanimidades de público e crítica na história da música. Numa carreira meteórica - interrompida em 23 de Julho de 2011, quando foi encontrada morta em sua casa em Camdem Town (Londres) -, produziu dois álbuns extremamente sofisticados - Frank e Back to Black. No primeiro, lançado em 2003, a predominância da sonoridade jazzística faz jus ao título em homenagem a Frank Sinatra. Já no segundo, de 2007, o jazz mistura-se ao soul e recebeu vários prêmios, entre eles o BRIT, Modo (Music of Black Origin), Vodafone Live Award, Q Awards e cinco categorias do Grammy 2008. Além de ter fascinado os intelectuais da mídia especializada com seu estilo clássico, Amy vendeu milhões de discos e estreou na cobiçada lista da Bilboard em 7º lugar entre 200 sucessos.

Apesar da voz impressionante e da musicalidade de altíssimo nível, a qualidade artística de Amy foi ofuscada por problemas pessoais. Escândalos, drogas, depressão e bulimia começaram a prejudicar sua performance nos palcos e despertaram o interesse das mídias sobre celebridades. A biografia, escrita pelo jornalista britânico Chas Newkey-Burden, nos conta não só dos "pé na jaca" da cantora, mas também da época de anonimato, das influências, das escolas artísticas que a formaram, além de críticas dos jornais mais prestigiados do mundo.

Amy Winehouse - Biografia começa a traçar a história da compositora de "Rehab" a partir de sua família. Seus tios tinham banda de jazz e seu pai adorava Frank Sinatra, Thelonious Monk e Ella Fitzgerald. "Aprendi a cantar ouvindo Ella", diz Amy num trecho da biografia. Com 14 anos, a inglesinha ganhou sua primeira guitarra - uma Fender Stratocaster. Desde então, começou a tocar, compor e cantar. Nesta época, ganhou uma bolsa de estudos na Sylvia Young Theatre School, mas foi convidada a sair por mau comportamento. Mais tarde, ingressou na BRIT Performing Arts & Technology School, mas também não durou muito. Com a gravação do segundo disco, a fama caótica tem início. Um escândalo por dia, magreza, overdose. E quase esquecem de sua música, uma arte que nunca foi menos do que fantástica. Esta edição aborda fatos da trajetória da cantora até 2008.

“AMY, MINHA FILHA” – Capítulo 3 – Quando ela se apaixonou

(Texto via Catraca Livre)


Acabou sendo bom que Sylvia Young mantivesse contato com Amy depois que ela saiu da escola, porque foi Sylvia quem inadvertidamente impulsionou a carreira de Amy numa direção totalmente nova. 

Mais para fins de 1999, quando Amy estava com 16 anos, Sylvia ligou para Bill Ashton, o fundador, diretor musical e presidente vitalício da National Youth Jazz Orchestra, para tentar marcar um teste para Amy. Bill disse a Sylvia que eles não faziam testes. 

- Basta mandar que ela venha – disse ele. – Ela poderá se juntar a nós se quiser. 

Amy foi e, numa manhã de domingo, mais ou menos um mês depois, pediram que cantasse quatro músicas com a orquestra naquela noite porque uma das cantoras não ia poder se apresentar. Ela não conhecia as músicas muito bem, mas isso não a desconcertou. Para Amy foi moleza. Um ensaio rápido, e já tinha aprendido todas elas. 

Cantou com a NYJO por uns tempos e fez uma de suas primeiras gravações de verdade com eles. Organizaram um CD e Amy cantou nele. Quando Jane e eu ouvimos, quase caí duro –não podia acreditar como sua voz estava fantástica. Minha música preferida nesse CD sempre foi The Nearness Of You. Já a ouvi cantada por Sinatra, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Billie Holiday, Dinah Washington e Tony Bennett. Mas nunca a ouvi cantada como Amy a cantou. Foi e continua a ser belíssima. 

Não havia dúvida de que a NYJO e as próprias apresentações de Amy exercitaram ainda mais sua voz, mas foi um amigo dela, Tyler James, quem realmente deu o pontapé inicial. Os dois tinham se conhecido na escola de Sylvia Young e continuaram grandes amigos até o fim da vida de Amy. Na escola de Sylvia Young, Amy estava um ano abaixo de Tyler, de modo que eram de turmas diferentes. Já nos dias de canto e dança, frequentavam as mesmas aulas, pois tinham permitido que Amy pulasse um ano. Assim, ensaiavam e faziam testes juntos. Conheceram-se quando seu professor de canto, Ray Lamb, pediu que quatro alunos cantassem “Parabéns para você” numa fita que estava fazendo para o aniversário da sua avó. Tyler ficou abismado quando ouviu aquela menininha cantando, nas palavras dele, “como uma rainha do jazz”. A voz dele ainda não tinha mudado, e ele estava cantando como um Michael Jackson ainda jovem. Tyler diz que reconheceu o tipo de pessoa que Amy era assim que avistou seu piercing no nariz e soube que ela o fizera sozinha, usando um pedaço de gelo para abrandar a dor. 

Depois que Amy saiu da escola de Sylvia Young, a amizade dos dois se fortaleceu, pois passaram a se encontrar com Juliette e outras amigas. Tyler e Amy falavam muito sobre as depressões que a maioria dos adolescentes tem. Todas as noites de sexta-feira, falavam-se ao telefone, e todas as conversas terminavam com um cantando para o outro. A amizade dos dois era incrível. Não eram namorados; eram mais como irmãos. Tyler foi um dos poucos rapazes que Amy chegou a levar aos jantares de sexta-feira de minha mãe.  

Após sair da escola de Sylvia Young, tornou-se cantor de soul; e, enquanto Amy estava cantando com a NYJO, Tyler se apresentava em pubs, boates e bares. Tinha começado a trabalhar com um cara chamado Nick Shymansky, funcionário de uma agência de relações públicas chamada Brilliant! Era o primeiro artista de Nick e logo procurou Amy para que ela lhe desse uma fita com uma gravação sua para ele mostrar a Nick. Amy acabou lhe dando uma fita de lugares-comuns do jazz que tinha cantado com a NYJO. Tyler adorou o trabalho e a incentivou a gravar mais umas faixas antes de enviar a fita para Nick. 

Tyler vinha falando de Amy com Nick havia meses, mas Nick, que era só uns dois anos mais velho que Tyler e estava acostumado a ouvir papo exagerado a respeito de cantores, não esperava nenhuma experiência radical. Mas é claro que foi isso o que chegou a ele. Amy enviou a fita num saquinho coberto de decalques de corações e estrelas. De início, Nick achou que Amy tinha simplesmente gravado algum disco antigo de outra cantora, porque a voz não parecia ser a de uma garota de 16 anos. No entanto, como a produção era muito fraca, ele logo se deu conta de que ela não poderia ter feito nada semelhante. (Na realidade, ela gravara a fita com sua professora de música na escola de Sylvia Young.) Nick pegou o número do telefone de Amy com Tyler; mas, quando ligou, ela não ficou nem um pouco impressionada. Ele continuou a ligar para ela e por fim ela concordou em se encontrar com ele num dia em que ia ensaiar num pub, bem perto de Hanger Lane, na zona oeste de Londres. 

Eram 9h da manhã de domingo –Amy conseguia acordar cedo quando queria (nessa época, ela estava trabalhando nos fins de semana, vendendo trajes fetichistas numa banca na feira de Camden, zona norte de Londres). Quando Nick foi se aproximando do pub, ouviu o som de uma “big band” –que não é o que você espera de um pub àquela hora da manhã de um domingo. Ele entrou e ficou atônito diante do que viu: uma banda de velhos entre os 60 e os 70 anos de idade, e uma garota de 16 a 17 anos, com uma voz extraordinária. 

De cara, Nick e Amy descobriram uma grande afinidade. Ela estava fumando Marlboro Reds, quando a maior parte dos adolescentes da sua idade fumava Lights, o que, para ele, significou que Amy sempre precisava estar um passo à frente de todos os outros. Quando Nick estava conversando com ela no estacionamento do pub, um carro deu marcha a ré e Amy gritou por ele ter passado por cima do seu pé. Nick demonstrou preocupação e solidariedade, verificando se estava tudo bem com ela. Na realidade, o carro não tinha passado por cima do seu pé, e tudo aquilo tinha sido uma encenação para ela descobrir como ele reagiria. Era a brincadeira do engasgo de novo –ela nunca se livrou desse tipo de infantilidade. Não faço ideia do que, na mente de Amy, esse teste pretendia averiguar, mas dali em diante Amy e Nick realmente se deram muito bem um com o outro, e ele continuou a ser um bom amigo para o resto de sua vida. 

Nick apresentou Amy a seu chefe na Brilliant!, Nick Godwyn, que lhe disse que eles queriam assinar um contrato com ela. Ele convidou Janis, Amy e eu para jantar fora; Amy, usando um gorro com pompom e calças cargo, com o cabelo em duas tranças. Ela parecia encarar tudo com naturalidade, mas eu mal conseguia ficar sentado. 

Nick disse-nos como considerava Amy talentosa como compositora, tanto quanto como cantora. Eu sabia que ela era uma cantora muito boa, mas foi sensacional ouvir um profissional do ramo dizer isso. Eu sabia que ela estava compondo música, mas não fazia ideia se era boa ou não porque nunca tinha ouvido nada escrito por ela. Depois, no caminho de volta à casa de Janis para deixar Amy e a mãe, tentei ser realista quanto ao acordo. Muitas vezes, essas coisas não dão em nada.

- Eu gostaria de ouvir algumas das suas músicas, querida –disse eu, sem nem mesmo ter certeza se ela estava me escutando. 
- Ok, papai. Não ouvi nenhuma delas –pelo menos não naquela época. 

Como tinha só 17 anos, Amy não podia assinar um contrato formal. Por isso, Janis e eu concordamos em assinar.
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